Este blog mudou de endereço e agora está em http://tertuliabenfiquista.blogs.sapo.pt.

domingo, fevereiro 17, 2008
Telegrama aberto aos jogadores do Benfica
Sejam solidários. STOP. Acima de tudo, sejam solidários. STOP. Na maior parte dos jogos disputados em Portugal é a vossa dinâmica, e no fundo o vosso sentido profissional, que ajudará a decidir o vencedor dos mesmos. STOP. Quando o vosso colega que tiver a (in)felicidade de ter a posse da bola pedir uma desmarcação, façam-no. STOP. Melhor, não o obriguem a pedi-la, sejam pro-activos. STOP. Quando a bola estiver do lado do inimigo (é assim mesmo, encaremos-os como tal) ajudem nas tarefas defensivas. STOP. Façam-nos sentir, de novo, orgulhosos. STOP. E não pensem por um momento sequer que por o adversário se chamar Naval, Estrela da Amadora ou Moreirense terão menos um adepto a sofrer por vós. STOP. E por fim, não me obriguem novamente a dar a entender que hoje em dia o jogador do Benfica que em dado momento do jogo tem a bola em sua posse é a pessoa mais infeliz em campo. STOP.
 
por Superman Torras - 10:52 | link | 0 comentário(s)
segunda-feira, setembro 03, 2007
A "Tertúlia Benfiquista" agora tem o cativo na bancada Sapo.

Pois é. A partir de hoje a anunciada transferência é uma realidade. A Tertúlia passou a estar alojada em

http://tertuliabenfiquista.blogs.sapo.pt/

Passamos a encontrar-nos lá.

Saudações benfiquistas.

 
por Pedro F.Ferreira - 18:11 | link |
De regresso *
Apesar de ter estado "ausente" da Tertúlia nas últimas semanas (não só porque estive de férias mas também porque no período que as antecedeu não tive grande disponibilidade), não deixei de estar atendo ao meu Benfica (e sempre que pude também vim "espreitar" os posts e respectivos comentários aqui da Tertúlia), mesmo não podendo acompanhar algumas das transmissões televisivas dos jogos (e menos ainda ir ao estádio). Vi um Benfica completamente desgarrado a ganhar ao Copenhaga graças as dois momentos de inspiração de Rui Costa, ouvi um Benfica com grandes dificuldades perante o recém promovido Leixões e a deixar escapar a vitória por entre os dedos, senti um Benfica entregue ao destino, com jogadores a jogarem na espectativa de que a bola entrasse como que por milagre na baliza adversária e que o Quim (que apesar das suas limitações, está a ter um excelente início de época) fosse suficiente para impedir que os adversários marcassem. Em suma, um Benfica à imagem do seu treinador (até ao jogo com o Leixões), entregue à (má) sorte, a lamentar-se depois do azar, preso por espartilhos tácticos mas desprovido do essencial: a vontade de jogar à bola, pelo "simples" prazer que isso proporciona, e uma verdadeira ambição de vencer, em cada instante do jogo. O Benfica era um conjunto de jogadores, não uma equipa. E quando assim acontece, todos os jogadores parecem fracos, pois muitas vezes pareciam não saber muito bem o que fazer em campo.

Seguiu-se a dispensa do Fernando Santos, o que foi para mim meia surpresa. Por um lado, LFV garantia que o treinador não estava em causa (se bem que saibamos que o valor da palavra do LFV seja relativo...). Por outro lado, e perante este fraco início de época, com uma equipa completamente apática, fruto de uma pré-época mal preparada (o problema é que nem se tratava de as coisas correrem mal, apesar de os jogadores tentarem: a verdade é que os jogadores pareciam nem ser capazes de tentar, pois pareciam presos à relva...). Se a dispensa de FS foi um erro, só se foi por um motivo: ter sido contratado, há pouco mais de um ano atrás. De resto, estava a tornar-se insuportável ver a equipa a ter um início de época idêntico ao do ano passado. Embora a saída de jogadores importantes pudesse explicar alguns problemas, não explicava o problema de os jogadores praticamente não se mexerem em campo, ainda que muitos deles fossem novos na equipa.

Para mim a contratação de Camacho, para substituir FS, foi uma escolha acertada, dentro das disponibilidades (continuo a preferir o Eriksson...), essencialmente porque já conhece o Benfica e já interiorizou bem, nos anos que cá esteve, que o Benfica é um clube vencedor, que seja qual for o adversário, entra para vencer (o que não significa necessariamente, como é óbvio, jogar desenfreadamente ao ataque), que não se contenta com 2ºs lugares. E para além disso, consegue incutir aos jogadores esse espírito. Pode não ser um prodígio da táctica, pode não debitar teorias a esse respeito como o Luís Freitas Lobo, mas mais importante que jogar em 4-3-3, 4-4-2, 4-2-3-1, em losango ou em "pirilau", é a atitude dos jogadores, os princípios básicos como procurar recuperar a bola quando se está a defender, e quando é necessário marcar um golo, é necessário chegar à área adversária, e para isso é necessário que os jogadores se movimentem. É isso que já se vai vendo com Camacho e que não se via com FS. Contra o Guimarães já deu para sentir um pouco essa mudança de atitude, com o Copenhaga, apesar do sofrimento inicial (também por mérito dos dinamarqueses e da sua envergadura física), também já foi possível ver o Benfica a jogar com mais personalidade (sobretudo na 2ª parte) e ontem, contra o Nacional, e ainda que o Benfica tenha permitido alguma reacção do adversário após o 0-1, o resultado final demonstra inequivocamente a superioridade do Benfica. Outra coisa importante é que Camacho não tem problemas em apostar nos jovens. Assim foi com Miguel Vítor (embora não houvesse outra alternativa) e Romeu Ribeiro. Não fica à espera que os jogadores tenham provas dadas (o que é difícil, quando entram a 2 minutos do fim do jogo ou ficam a ver o jogo todo do banco...) para lhes confiar responsabilidades. Arrisco-me ainda a dizer que se a contratação do Camacho tivesse sido feita antes do 1º jogo com o Copenhaga, talvez o Manuel Fernandes não tivesse saído...

No entanto, não nos deixemos iludir. Não basta ter Camacho como treinador para que os principais problemas fiquem resolvidos. A gestão do futebol do Benfica tem sido praticamente desprovida de estratégia de há muitos anos a esta parte. Tem-se resumido, essencialmente, à gestão de contratações e dispensas, mas do ponto de vista desportivo, tem dependido em demasia dos treinadores. E a prova é que o Benfica contratou Fernando Santos, que não vejo onde possa encaixar com qualquer estratégia desportiva condigna do Benfica. E por outro lado, este 'corropio' de contratações e dispensas também não é tolerável num clube que se pretende grande. Por muito bons que sejam, uma equipa não se forma de um dia para o outro. É preciso que o Benfica tenha uma estrutura directiva capaz de capitalizar as mais-valias trazidas pelos seus treinadores e de gerir as entradas e saídas de jogadores numa perspectiva de evolução e não de revolução. Tal figura não pode ser o LFV, como já demonstrou, nem ex-empresários de jogadores, menos ainda se os seus objectivos pessoais não incluirem, primordialmente, o sucesso do Benfica. Espero, portanto, que o Benfica não cometa os mesmos erros do passado recente e saiba tirar partido ao máximo do trabalho de Camacho, mesmo na eventualidade de ele, mais cedo ou mais tarde, sair do Benfica. E para tal, é necessário criar as condições para que isso aconteça.

* Muito mais importante do que o facto de eu estar de regresso de férias e ao blog, é o facto de o Benfica parecer estar de regresso às vitórias, assim como a competitividade do futebol praticado.

PS: Queria também assinalar o facto de, durante este período, os nossos atletas Nélson Évora e Vanessa Fernandes se terem sagrado campeões do mundo no triplo salto e triatlo, respectivamente. Parabéns, Nélson e Vanessa!
 
por tma - 12:55 | link | 1 comentário(s)
Equipa
Depois do jogo desta noite, será que ainda há quem pense que trocar o Nandinho pelo Camacho não valeu a pena, porque os problemas maiores da equipa do Benfica equipa continuam todos a existir? É que eu esta noite vi uma equipa do Benfica em campo, coisa que há alguns meses não via. Não vi um grupo de onze jogadores, mais ou menos sem rumo. Vi sim um conjunto, um colectivo, vi jogadores a reagirem e a movimentar-se quando um colega tinha a bola, de forma a proporcionarem opções de passe e a protegerem-no em caso de falha. Não vi dez tipos parados a olharem para o portador da bola, como que a perguntarem o que é que será que ele vai fazer a seguir. E isto é após apenas duas semanas de trabalho. Não é qualidade que falta ao nosso plantel, como muitos quiseram fazer crer. O que faltava era atitude, e essa parece estar a voltar.

Uma única alteração em relação ao onze de Copenhaga, com a saída do Nélson por lesão e a estreia do Maxi Pereira. E uma entrada em força do Benfica, à procura de marcar cedo. Logo aos três minutos, uma arrancada fantástica do Di María deixou o Cardozo na cara do guarda-redes, mas ele finalizou mal e a oportunidade perdeu-se. Nesta altura notava-se muita vontade por parte do Benfica em ter a bola, e recuperá-la o mais rapidamente possível. Mesmo os dois alas participavam activamente nas tarefas defensivas, e como resultado o Benfica conseguia mandar no jogo. Já depois do Nacional ter conseguido equilibrar, o Cardozo teve a oportunidade de se redimir do falhanço anterior, e aproveitando um mau pontapé de baliza do guarda-redes adversário, correu para a baliza isolado e colocou-nos em vantagem, marcando o seu primeiro golo oficial pelo Benfica. Conseguido o golo, o Benfica relaxou um pouco, deixando que fosse o Nacional a tomar mais conta do rumo do jogo. Mas o Benfica fez isto sem nunca abdicar do ataque, e esta é uma grande diferença em relação ao passado recente. É que assim que o Benfica recuperava a bola, toda a equipa subia em bloco no terreno para o ataque, não era apenas um ou dois jogadores a levar a bola para o ataque enquanto o resto da equipa ficava cá atrás a ver - esta atitude deu-nos mais do que um dissabor no passado. Assim sendo, o ascendente do Nacional nunca conseguiu ser mais do que ligeiro, e salvo uma falha do Petit, que amorteceu a bola para um remate adversário, não conseguiram criar mais nenhuma oportunidade de golo.

A segunda parte foi diferente, para melhor. A estratégia do Benfica manteve-se em relação ao final da primeira parte, mas as oportunidades de golo começaram a surgir com bastante frequência, e adivinhava-se o segundo golo que mataria o jogo. Primeiro o Nuno Gomes falhou um cabeceamento na pequena área, após centro do Di María. Depois foi o Pereira quem, após combinação com o Cardozo, surgiu isolado mas acabou por rematar de pé esquerdo e permitir a defesa ao guarda-redes. Teve que ser o grande Rui Costa, num lance tão típico dele, a dar a estocada final. Após receber a bola, serpenteou entre os defesas do Nacional da forma elegante do costume, com a bola colada ao pé, e finalizou com um remate cruzado que não deu hipóteses de defesa. Este golo não só matou o jogo, como praticamente matou o Nacional. A partir daqui o Benfica quase que passou a criar uma oportunidade de golo de cada vez que se aproximava da área adversária. Pouco depois, nova diagonal do Pereira após combinação com o Cardozo resultou num penalti claro, que permitiu ao Cardozo bisar. Logo a seguir, nova oportunidade do Pereira, salva com uma defesa incrível do Benaglio. E podia continuar a enumerar mais oportunidades que o Benfica construiu até final, de tal forma que até se pode dizer que o 3-0 peca por escasso.

Conforme disse, o Benfica hoje jogou como equipa, por isso não é fácil individualizar uma exibição de um jogador. Mas claro que o Petit, Rui Costa, Di María ou Cardozo, só para citar alguns, merecem ser destacados. Sobre o Petit ou o Rui Costa, o que é que se pode dizer que não saibamos já todos? O Petit parece ter o dom da ubiquidade, aparecendo em todo o lado ao mesmo tempo. O Rui Costa é classe pura, tem um toque de bola único, e é um autêntico prazer de cada vez que a bola lhe chega aos pés. O Di María voltou a brilhar, e a deixar-me água na boca perante a perspectiva do que poderá vir a fazer no nosso clube. Tem um estilo meio desengonçado a jogar, mas é rápido, tem uma técnica muito acima da média, tenta sempre levar a bola para a frente e não tem medo de partir para cima dos adversários. Além disso é muito lutador nas ajudas defensivas. Hoje só lhe faltou um golo. Quanto ao Cardozo, julgo que terá feito o melhor jogo desde que chegou ao Benfica. O número de oportunidades de golo que criou para os colegas mostrou a sua inteligência e utilidade. Volto a dizer: há muito, muito tempo que o Benfica não tinha um ponta-de-lança com estas qualidades. Por último menciono o Pereira, já que se estreou esta noite. Fez uma primeira parte discreta, preocupado sobretudo em fechar o lado direito. Na segunda parte apareceu mais solto, a fazer diversas diagonais para o centro, combinando com o ponta-de-lança, e mostrou ter um bom sentido de desmarcação. Além disso, também mostrou ser disciplinado tacticamente, fechando sempre bem o seu flanco e ajudando o Luíis Filipe. Para estreia, não esteve nada mal.

Duas semanas de 'efeito Camacho' já deram para se fazer sentir em campo. Sinto-me confiante, porque a equipa também parece estar cheia de confiança em campo, e só quero é que o próximo jogo chegue depressa, porque dá-me gozo ver-nos a evoluir. Que chatice que o campeonato pare agora.
 
por D'Arcy - 00:17 | link | 9 comentário(s)
domingo, setembro 02, 2007
O homem.
O homem não é um sábio da táctica, e claro que ainda vou desesperar-me com ele muitas vezes ao longo da época; mas há coisas neste treinador espanhol que eu adoro:
Por exemplo, a simplicidade da ideia de que uma equipa grande tem de jogar bem à bola, sem medo de a ter na sua posse; e a atitude "sem tretas e sem medos" com que pega em putos dos juniores e os põe a jogar. A mesma atitude que o leva a ter tomates para não inscrever Mantorras na UEFA. Claramente nem Koeman nem FS teriam cojones para tal.
Ainda estranho um Benfica com tanto jogador desconhecido, mas a atitude da equipa mudou completamente. E isso deve-se a este espanhol que traduz tudo em frases simples.
Como "salir a ganar".
Dá-le José António, dá-le.
 
por P - 23:20 | link | 9 comentário(s)
sábado, setembro 01, 2007
Não vi, mas senti.

Regresso ao país com a saudade de ver o nosso Clube na nossa Catedral. Não vi ao vivo nenhum dos jogos. Não vi, nem pela TV, o jogo com o Leixões; não vi os jogos com os tais dinamarqueses de quem o Santos tanto medo teve na época passada. Vi na RTP Internacional o jogo contra o Guimarães. Não vi bom futebol, não vi milagres, não vi nada que não estivesse à espera de ver. Senti o Benfica, o nosso Benfica, mais forte, mais confiante, senti que não havia adeptos a ter vergonha de ver no nosso banco de suplentes aquele canteirinho de camélias meladas que durante demasiados dias lá se sentou: não estava o Rosarinho, o Justino, o miúdo Moura e o Fernandinho. Não os vi, mas senti que muita da incompetência que lá deixaram se vai repercutir no futuro imediato. Senti a confiança que o público tem no futuro desta equipa: e o futuro não é o próximo jogo...

Senti que há quem considere que apostar nos jovens não é pôr o João Coimbra durante cinco minutos em campo. Senti que há quem tenha coragem de apostar na juventude formada no nosso Clube, há quem saiba responsabilizar essa juventude e saiba tirar o melhor dela.

Ouvi, pela televisão, o grito de 'Benfica' com que o público brindou a equipa depois do empate. Nesse grito está o sentir de milhões que sabem e sentem que, com tempo e paciência, seremos campeões, pois está a nossa equipa de futebol a ser orientada por um líder e não por um loser.

Eu acredito. E acredito que, caso estejamos todos unidos, será mais fácil.

À margem:
vejo, com agrado, a pluralidade de opiniões que os escribas deste blogue apresentam. É bom sinal, é sinal de vitalidade e independência. É uma forma saudável de ser/viver aquilo que nos une: o Benfica.

 
por Pedro F.Ferreira - 12:41 | link | 11 comentário(s)
sexta-feira, agosto 31, 2007
Desabafo - Para andar na montanha russa é preciso ter estômago
Pensei um bom bocado antes de vir aqui escrever isto, mas ir-me-ia claramente ficar atravessado e portanto, nem que seja numa perspectiva de catarse, tenho de o fazer.
Não vos vou mentir, tem-me irritado bastante o conteúdo e linha geral de alguns posts aqui colocados e de muita coisa que li pela blogosfera nesta fase de mudança de treinador do Glorioso.

O que é que me irrita? Irrita-me sobremaneira verificar mais uma vez que os maiores inimigos do Benfica são alguns benfiquistas esquizofrénicos que transportam a sua frágil condição emocional para as considerações que fazem à equipa e ao clube. Malta sem espinha dorsal, que acha que quando a equipa não ganha tudo se deve colocar em causa. E que quando o Benfica ganha, de repente tudo está bem. Gente que entrou em profunda depressão quando o Benfica empatou com o Guimarães em casa e que, estupidamente, atirou coisas como ‘se fosse o F. Santos a tirar dois avançados no final do jogo, era crucificado’ (a parvoíce subjacente a esta afirmação é, honestamente, inexplicável), ou que acusou o LFV de festejar golos dos adversários, antes da saída do Engenheiro. Gente que, de forma absolutamente infundada e profundamente injusta e precipitada, sem matéria de facto que o sustente, atira que o Coentrão, o Adu, o Cardozo, por exemplo, não prestam.


Irrita-me a ingratidão flamejante desta gente que, subitamente, acha o LFV um incompetente agarrado ao poder porque cometeu um erro. Agora, de forma estúpida e mal formada, acusam-no de ser sócio do Sportem e do FC Porco, e esquecem-se da revolução que o clube viveu desde que Vilarinho e LFV pegaram no mesmo. Queriam o quê, o Vale e Azevedo de volta? O Damásio?
Esquecem-se do gigantesco trabalho de recuperação da credibilidade, do hercúleo esforço para devolver ao Benfica a grandeza também nas suas estruturas, da genial recuperação financeira (de uma situação que raiava a ruptura, em risco de ficar sem património - e acreditem, mas dois meses de Vale e Azevedo e não teríamos nenhum) para o tornar, de longe, o clube melhor gerido a nível financeiro, do aproveitamento do gigantesco potencial de uma das melhores marcas do mundo para gerar uma base de receitas estável e em crescendo na lista dos 20 clubes com mais receitas no mundo. Esquecem-se que LFV levou o clube à conquista de um campeonato contra tudo e contra todos passados 10 anos de mentira e corrupção generalizada no futebol português e esquecem-se, sobretudo, que o LFV tem batalhado de forma incansável pela conclusão do processo Apito Dourado, contra tudo e todos, e com grandes custos a nível da sua vida pessoal e reputação. Não fora o seu trabalho no sentido de evitar que o Apito Dourado caísse no esquecimento e no sentido de pedir explicações a um Estado laxista, irresponsável e conivente com o sistema, representado sobretudo através de um Secretário de Estado do Desporto profundamente mal formado e incompetente, e provavelmente não haveria qualquer investigação a fundo, mesmo com livros da anterior concubina de Porco da Costa. Sim, porque o Sportem, esse, vai assobiando para o lado à espera que lhe caiam no colo as migalhas que lhe têm caído como resultado da sua condição de agente passivo. Como resultado, não se enganem, da canalha aliança efectuada desde os tempos do Roquette com a máfia do FC Porco - como foi denunciado pelo João Rocha - no sentido de afastar o Benfica do topo do futebol nacional.
(A este nível, imaginem que o lance que antecedeu o golo que sofreram contra o FC Porco se tinha dado contra o Benfica. O que não seria, o que não vomitariam, o circo que não montariam, as suspeitas que não levantariam. Como foi num jogo com os velhos compinchas do FC Porco, está tudo bem, a malta leva na desportiva. O treinador nem tece considerações, a Avestruz de Alvalade faz uns comentários low profile a ver se não chateia o Papa.)

Sim, LFV é o grande responsável pela actual situação desportiva que se vive no Benfica. Sim, LFV cometeu um erro de casting absolutamente inexplicável ao contratar Fernando Santos (não percebo nem nunca irei perceber o racional da contratação do Fernando Santos). Sim, LFV é o responsável pela gestão inexplicável das entradas e saídas desta época. Sim, LFV tardou em dispensar o Engenheiro (o ideal seria, como é particularmente óbvio, no final da época passada). Sim, LFV, em suma, errou de forma gritante na vertente desportiva nos últimos 13 meses.
E sim, pode-se fazer um trabalho imaculado a nível financeiro, que se não se fizer o mesmo a nível desportivo (que é o motor da actividade do clube), esse trabalho está minado a médio prazo.

Mas não consigo perceber esta corrente de pensamento que agora considera que o despedimento do Fernando Santos foi uma má opção. Aposto que os mentores desta linha de pensamento eram os mesmos que levavam lenços brancos para o estádio. Haja sentido de benfiquismo, senhores. Segundo esta teoria, mais vale não corrigir um erro do que corrigi-lo tarde.
Porque, dizem os defensores desta teoria, ‘substituir um treinador que fez a pré-época, e romper com os automatismos, hábitos e sistema de jogo já assentes é ter de começar tudo de novo, e caminhar outra vez rumo ao fracasso’. Mas, e agora pergunto eu, quais ‘automatismos’, quais ‘hábitos’, qual ‘sistema de jogo’??? A equipa, cada vez que jogava, parecia que era constituída de 11 tipos que se tinham visto pela primeira vez, caramba! Deixem de ser hipócritas, cínicos e agentes da desgraça.
Gente de pouca fé.
Não pactuo com este tipo de teorias apocalípticas assim como não pactuo com endeusamentos idiotas.

A decisão de trazer o Camacho de volta é tardia, mas é o melhor que se podia fazer para salvar a época.
Não se vê ainda no futebol jogado – quem no seu perfeito juízo o esperaria, passados 3, 4 ou 5 dias de trabalho – mas vê-se na garra, no querer, no espírito, na capacidade de sofrimento, nos tomates, caraças. Nos tomates, f***-se (e nos tomates não quer dizer jogar ao ataque como loucos, significa lutar por cada bola como se fosse a última das suas vidas)! Quem não vir isto, não vê nada.
Viu-se já contra o Guimarães na postura e atitude, viu-se claramente contra o Copenhaga. Viu-se na luta, viu-se no não desistir nunca, viu-se na capacidade de entreajuda. Sim, houve sorte contra estes últimos. Mas a sorte busca-se, a sorte merece-se, a sorte bafeja os audazes. Já não há a nuvem negra por cima da equipa, o estigma do azar, da infelicidade e – pior – da impotência e fatalismo. Já não há um arauto da desgraça com um ar de coitadinho, conformado com a sua (falta de) sorte a transmitir energia negativa. Há, finalmente, energia, voz de comando, inconformismo, porra! Porra!

Não espero milagres. Vamos ganhar jogos, vamos empatar jogos, vamos perder jogos. Mas confio, tenho a esperança, que nos que empatarmos e perdermos vou ter orgulho da equipa e de quem a comanda do banco. E não vou estar à espera desses jogos, como os arautos da desgraça, para começar novamente com as teorias do apocalipse e da desgraça.

Haja união. Sejam benfiquistas a doer, com tudo o que isso acarreta.

Caramba.

Viva o BENFICA. Sempre.
 
por Carlos Miguel Silva (Gwaihir) - 17:05 | link |
quinta-feira, agosto 30, 2007
Grupo D
AC Milan
Benfica
Celtic
Shakhtar Donetsk

Não foi nada agradável o sorteio. Primeiro apanhámos com um cabeça de série italiano, que ainda por cima é uma das nossas bestas negras na Europa. À custa deles foram duas finais. Depois o Shakhtar, que era a única equipa que eu não queria do Pote 4. Gastaram rios de dinheiro este ano, e reforçaram-se com jogadores como o Lucarelli e o Willian. Valeu o Celtic, que considero perfeitamente ao nosso alcance. Enfim, hay que salir a ganar.
 
por D'Arcy - 18:31 | link | 24 comentário(s)
Vitória!
Viram? Viram mesmo? Só me vem à memória o "Quiet Man" e as palavras de Barry Fitzgerald: "Impetuous! Homericous!"

Foi uma noite de glória, não por termos dominado o jogo e o adversário, mas pela entrega, a capacidade de sofrer, de não desistir nunca, pela sorte, pela arte de marcar no momento certo, pela emoção.

Feliz a equipa que tem um central capaz de ir à frente marcar um golo com a frieza de um ponta-de-lança, e que tem um ponta-de-lança capaz de vir atrás salvar um golo em cima da linha como se fosse o mais experiente dos centrais.

Algo do que mais me entusiasmou:

- Petit, melhor em campo, esteve em todo o lado;
- Katsouranis, excelente, e marcou o golo;
- Nelson e Nuno Gomes de volta às boas exibições;
- A classe de Rui Costa;
- Alguns lances do Di Maria;
- A capacidade e eficácia defensiva do Cardozo, notáveis para um avançado.

Houve coisas menos boas? Houve, claro, mas hoje o dia, e a minha crónica, são de celebração e alegria e não de análise (até porque a análise já foi aqui feita brilhantemente pelo D'Arcy, para quê repetir?).

Honra e Glória aos vencedores! Viva o Benfica!
 
por Artur Hermenegildo - 10:01 | link | 5 comentário(s)
quarta-feira, agosto 29, 2007
Atitude
Missão cumprida. Com alguma sorte à mistura (também faz falta), uma boa atitude, e um lance perfeito de laboratório conseguimos o que se exigia: o apuramento para a fase de grupos da Champions. Como bónus, até conseguimos passar a eliminatória com duas vitórias, que sempre contribuem com dois pontos para o ranking de Portugal na UEFA, a que se somam mais três pela qualificação - dada a nossa situação actual, este ano qualquer pontinho é importante. Não foi uma boa exibição do Benfica, mas foi uma exibição esforçada, e suficiente para cumprir os objectivos.

O Luisão não mostrou estar recuperado para este jogo, e mais uma vez o Camacho apostou no júnior Miguel Vítor. E convém frisar que ele é mesmo júnior de segundo ano, ainda pode participar no Campeonato Nacional da categoria, tal como o Romeu Ribeiro. No meio campo duas alterações em relação ao jogo com o Guimarães, com as saídas do Nuno Assis e do Coentrão para a estreia do Di María e a entrada do Luís Filipe. Num cenário como o de hoje, obviamente que o período que mais se teme é o primeiro quarto-de-hora, pois certamente que a equipa da casa irá tentar entrar em força para anular rapidamente a desvantagem. Sem surpresas, foi isso mesmo que aconteceu, e o Benfica viu-se empurrado para a sua área durante este período. O mau estado do terreno também não permitia grandes habilidades, por isso o futebol jogado era, e continuou a sê-lo durante todo o jogo, feio. Após resistirmos este primeiro quarto-de-hora, logo a seguir conseguimos o que o Camacho exigia, ou seja, marcar um golo. Foi um lance de laboratório perfeito, com a bola a passar pelo Rui Costa, Cardozo, Nuno Gomes e Katsouranis, e a acabar dentro da baliza com os dinamarqueses a ver jogar.

O Copenhaga sentiu o golo, e nos minutos que se seguiram pudemos respirar um pouco. Mas foi sol de pouca dura, porque os dinamarqueses voltaram a acordar após um lance em que o árbitro poderia ter assinalado um penalti contra nós. Logo a seguir, a sorte bafejou-nos quando na sequência de um livre a bola foi embater no poste - nesta fase o jogo começava a fazer-me lembrar um outro também disputado com o Camacho como treinador, contra o Rosenborg. Os dinamarqueses optavam por um futebol o mais directo possível, fazendo a bola chegar à nossa área rapidamente, e nós íamos resistindo. Mas ao contrário dos minutos iniciais, já surgiam alguns contra-ataques, sendo que o Di María poderia ter feito melhor em algumas dessas ocasiões, pois os remates sairam-lhe quase sempre enrolados. Mesmo perto do intervalo, felicidade e infelicidade para nós. Felicidade porque em mais uma enorme ocasião para o Copenhaga, o Allbäck completamente à vontade à entrada da pequena área conseguiu cabecear ao lado. Infelicidade porque o Nélson, que na minha opinião estava a fazer um bom jogo, se lesionou.

No segundo tempo entrou o Nuno Assis para o lugar do Nélson, e o Luís Filipe recuou para lateral. Estes segundos quarenta e cinco minutos foram muito pouco parecidos com os primeiros, já que o Copenhaga não conseguiu pressionar tanto como o fizera na primeira parte. Com o Benfica a conseguir mostrar um pouco mais o seu jogo, pelo menos gostei de ver-nos com um jogo mais largo, procurando frequentemente as faixas laterais, o que é uma diferença em relação ao passado recente de afunilamento constante. Conseguimos duas boas oportunidades para matar de vez a eliminatória, mas o Nuno Assis e o Cardozo conseguiram acertar no guarda-redes. Nos vinte minutos finais o Copenhaga voltou a aproximar-se mais da nossa área, mais uma vez recorrendo ao futebol directo, mas a nossa defesa, bem ajudada pelo meio-campo, lá foi dando conta do recado, e a vitória acabou por não fugir.

Como homem do jogo elejo o Katsouranis. Nem tanto pelo golo que marcou, mas sobretudo porque esteve quase imperial na defesa. Não sendo central de raíz, e usando e abusando o Copenhaga do jogo pelo ar, ele foi cortando tudo o que ia aparecendo, e mostrando o excelente sentido posicional que tem. Falar bem do Léo já é praticamente redundante, e do outro lado o Nélson esteve bem na primeira parte, começando a mostrar alguns lampejos do lateral ofensivo que gosta de jogar em antecipação que já foi em tempos. Na segunda parte, e apesar do meu receio, o Luís Filipe aguentou-se bem. O Miguel Vítor, mais uma vez, não comprometeu e chegou e sobrou para as encomendas. Tenho pena que tenhamos comprado o Edcarlos, acho que nestes dois jogos o Miguel Vítor mostrou que merecia o posto de quarto central da equipa. Se não escolhesse o Katsouranis para man of the match, a minha escolha seria o Petit. O auxílio dele à defesa foi inesgotável, e correu quilómetros como sempre. O Rui Costa, sem exuberância, foi o que conhecemos. É um descanso quando a bola lhe chega aos pés, porque sabemos que quase sempre ele vai meter ordem nas coisas. O Nuno Gomes terá feito hoje um jogo como já não lhe via há muitos meses. Inteligente na movimentação e no passe, e muito activo durante todo o jogo. Pareceu transfigurado, e foi dele a assistência para o golo. Quanto ao Cardozo, se quiserem aproveitar para bater mais nele por não ter marcado, força. Eu por mim estou muito contente por termos um avançado com aquelas características, e este jogo mostrou a sua utilidade. Inclusivamente nas ajudas defensivas. Pareceu-me que acabou o jogo completamente esgotado.

Já o comentei com outros benfiquistas há algum tempo: deposito grandes esperanças no Di María. Apesar dele não ter estado brilhante hoje, acabou por deixar-me com ainda mais vontade de o ver plenamente integrado. O jogo não era o mais propício para um jogador como ele, já que o campo parecia um batatal e progredir com a bola dominada era quase impossível. Mas o toque de bola não engana, e acredito que ele ainda nos poderá dar muitas alegrias. Agora até estou chateado porque o próximo jogo na Luz é só daqui a umas três semanas, e eu quero é vê-lo jogar num relvado em condições.

Bem, agora resta-nos esperar pelo sorteio de amanhã, e ver o que nos calha. As minhas preferências têm sempre uma constante: equipas italianas, por favor, não.
 
por D'Arcy - 23:01 | link | 28 comentário(s)
Hoje!
Não sei onde andam os meus companheiros de blog, estará tudo de férias?, mas como ninguém se manifesta, manifesto-me eu.

Hoje!, é o primeiro jogo importante da época. Pelas razões óbvias, que todos conhecemos - a necessidade financeira e de prestígio desportivo de estar presente na Chamopions. Não preciso de vos lembrar disso.

Mas também porque, caramba, a moral das tropas anda um bocado em baixo, e estamos todos a precisar (adeptos, jogadores, treinador) de uma vitória para sacudirmos este "mau olhado" em que parece que andamos mergulhados desde há uns tempos, e fazer voltar a tal tranqulidade em volta da equipa de que falava o Nuno Gomes, e com razão.

É que este é um daqueles jogos lixados; se ganhamos, logo se dirá que "o Benfica não fez mais que a sua obrigação, contra uns dinamarqueses sem dimensão europeia, etc" - conhecemos todos a lenga-lenga.

Mas se perdermos, toda a fúria anti-Benfiquista dos escribas do costume se vai abater sobre nós - "Benfica em crise profunda!"; "Benfica sem classe"; "Camacho também não ganha" - até antecipo os títulos dos jornais e TV.

Por tudo isto, Hoje! é preciso ganhar. E estou convicto de qUe ganharemos.

FORÇA BENFICA
 
por Artur Hermenegildo - 11:40 | link | 17 comentário(s)
segunda-feira, agosto 27, 2007
E porque nem só de futebol vive o Homem Benfiquista (sem exclusão das mulheres, claro),


PARABÉNS
NELSON ÉVORA
CAMPEÃO DO MUNDO DO TRIPLO SALTO 2007
 
por Artur Hermenegildo - 16:19 | link | 11 comentário(s)
O Presidente
Gostava de saber a vossa opinião, mas neste momento uma coisa para mim é clara; após a decisão de substituir o treinador, o futuro de LF Vieira à frente do Benfica está directamente ligado ao sucesso do futebol nestas duas épocas (e não sei mesmo se sobreviverá caso a presente seja um desastre).
 
por Artur Hermenegildo - 16:15 | link | 27 comentário(s)
Estou preocupado
Se preocupado estava, mais fiquei após o jogo de Sábado.

Falemos claro; ao contrário do que nos diz o nosso Presidente, esta parece-me ser a equipa do Benfica mais fraca dos últimos anos. Não se perdem os dois melhores jogadores, mais um muito bom e outro que fez a pré-época como titular mas se foi embora, sem consequências.

O que eu vi no Sábado:

- dois jogadores, os Nunos, de qualidade reconhecida mas completamente fora de forma - sem que no banco haja, pelos vistos, qualidade para os substituir;

- um Coentrão que não tem categoria para jogar no Benfica - e o seu substituto, Luís Filipe, também não;

- Cardozo parece ser um equívoco; é lento e fácil de marcar, pelo que a sua arma principal, o bom remate de pé esquerdo, só se viu de livre - ou se corrige rapidamente o posicionamento e mobilidade do jogador, ou vai ser difícil para ele provar o seu valor e justificar a aquisição.

Pergunto eu: afinal para que se dispensaram jogadores como Manu, Paulo Jorge, João COimbra, Karyaka, Marcel? Para os substituirem por Luís Filipe, Coentrão, André Diaz, Freddy Adu? Qual o interesse de todos os anos se dispensar uma mão-cheia de jogadores medianos para se contratar outra mão-cheia de jogadores igualmente medianos, que por sua vez serão dispensados na época seguinte para virem outros e etc e etc e etc? Começamos a estar como no tempo do Damásio.

Onde estão os tais 16-17 jogadores capazes de serem titulares?

Como já escrevi uma vez, ou Di Maria é excelente, ou estamos com problemas (e já agora estendo o comentário aos dois uruguaios que chegam hoje).

Só uma nota final: se fosse F Santos a fazer as substituições que Camacho fez, num jogo em casa empatado, matavam o homem! Mas como foi Camacho, está tudo bem.
 
por Artur Hermenegildo - 15:25 | link | 33 comentário(s)
sábado, agosto 25, 2007
Somos uma equipa do outro Mundo, Mundialmente conhecida ou com representantes de todo o Mundo e Continentes!?
Realmente o meu clube não para de me supreender. Depois de termos andado uns anos pelo Mundo das transfêrencias com um saco de caramelos a comprar jogadores, e que de pouco servia porque os presidentes desses ou não gostavam de caramelos, ou eram diabéticos, ou estavam de dieta. Por isso não compravamos ninguém, e os que vinham, ou os conseguiamos à pala da compra de umas rifas da Paróquia de uma Igreja algures no Brasil, Portugal, ou então, num qualquer caixote lixo, e como era de graça, toca a levar.

Agora que temos alguns trocos no bolso, e podiamos comprar jogadores, que vamos nós fazer....comprar caramelos, porque de jogadores, pouco me parece que tenham.

Dos reforços deste ano.....cheira-me que só 3 a 4 (Cardozo, Di Maria, Fabio Coentrão, Bergasssio se jogar na posição certa) se safam, espero estar enganado. Os outros por amor de Deus....!

- Luis Filipe um jogador banal, e se é para ir buscar um jogador banal fora, mais vale apostar num junior

- Andre Diaz, que tem nome de funcionario de telemarkting(ola bom dia, o meu nome é André Dias...), veio claramente passar férias a Portugal;

- Zoro que parece ter dois tijolos nos pés, nem o nome de heroi o safa, antes ter ido buscar o cavalo do Zoro, faria melhor certamente

- Fredy Adu, apenas deixo uma pergunta, conhecem algum americano que jogue bem um desporto com bola, e em que a bola se joga com os pés? hum.....quém? como? pois assim do nada não aparece mesmo nada....e o Beckam embora não parecendo, é inglês, para os mais destraidos ficarem esclarecidos.

Mas para os outros não ficarem tristes, e terem mais colegas para jogarem à Sueca, quando se fartarem de jogar nesta quadra. Fomos buscar mais uns......! Um dos jogadores é um dispensado do quase despromovido PSG. Já estou a ver para o ano o Benfica a reforça-se com os dispensados do Paços de Ferreira, do Estrela e da Academica. Parece-me bem, a viagem é mais curta, há Auto-Estrada, e na viagem a Paço podemos sempre aproveitar para ir à Fabrica do Ikea comprar umas caminhas essencias para o nosso Presidente, que ficam mais baratas. O outro joga num Sporting qualquer coisa do Uruguai e chama-se Maximiliano. Ora qualquer jogador que venha de um clube chamado SPorting, não trás boa coisa certamente.....e além disso Maxi..só o grande Maximo Taxista. E parece que há ainda um central na calha...já estou mesmo a ver.....no fim da época temos para ai 6 centrais no plantel. Não há fome que não dê em fartura.

Este texto não tem nada a ver com o titulo pois não....! Errado...tem....porque foi esta compra toda de jogadores que nos faz ser uma equipa do Mundo e com jogadores de todos os continentes... e não uma equipa do outro Mundo, ou actualmente Mundialmente conhecida.

Alias o Benfica tem mais Estados representados no seu plantel, que a propria ONU. Ele é chineses, brasleiros, africanos, ate um puto austrailiano que despareceu do mapa temos., argentinos, paraguaios, gregos, portugueses, alemães, americanos....só nos falta um Marciano, mas só há um jogador marciano a jogar em todo o mundo, e o LA Galaxy já se antecipou e comprou-o...!

Tudo isto para dizer que parece que os velhos tempos do Artur Jorge e seguintes, com os Kings, Luiz Gustavos, Tahar, Mauro Airez, Leonidas, Jamir, Paulo Almeida, CLovis, Paulão, Paredão, Ramirez, Uribe, Rosas, Bossio, voltaram....e tenho medo muito medo.

Anastercio Leonardo
 
por anastercioleonardo - 15:24 | link | 22 comentário(s)
O Carrocel.
Na loucura de nomes para reforçar o Benfica, todos os dias há novas possibilidades nos jornais.
Um deles no entanto salta-me já à vista como uma noticia boa: Nunes, do Maiorca. É bom, e português. A imprensa espanhola avisa, sem querer, que há mais alguém interessado...
E outros dois nomes bons: para começar, Carlos Eduardo.
É um médio que esteve para seguir as pisadas de Anderson, e juntar-se a este no Dragão, há dois anos. Acho dificil que venha, pois é muito caro, e o Milan em tempos também já lhe piscou o olho e o jogador pode estar a pensar noutros voos... O jovem internacional brasileiro é um talento, e toda a gente no Brasil diz que ele vai ser craque a sério. No entanto também chega de lá esta ideia: no mínimo...está dificil.
O outro nome é um jovem talento que já vi em alguns jogos do Steaua de Bucareste: Nicolae Dica.
É muito bom e não duvido que, aos 26 anos, dará o salto brevemente. Pretendentes não faltam, pois do futebol inglês e italianos já surgiram propostas.
Sobre os uruguaios... sei pouco, confesso. Mas pelo menos o do PSG...parece que é bom.
E siga o carrocel de nomes!
 
por P - 06:16 | link | 9 comentário(s)
sexta-feira, agosto 24, 2007
Épá! O Benfica ainda é "O Benfica"! Ou não?
Ouvi ontem num programa da RTPN, um jornalista referir que o Manuel Cajuda vai com a sua equipa à Luz, o Guimarães, e diz que são favoritos.
Favoritos não é aquela cena que diz que "são os mais favorecidos" ou seja os que têm uma maior percentagem de alcançar a vitória? Os melhores, portanto?!
'tá bem que estamos mal, mas jogar em casa e não ser favorito?
Agora de repente só porque não somos campeões há 2 épocas e porque não ganhámos nada no ano passado somos encarados como o Alguidares de Baixo?
No Benfica já percebi que quando estamos em baixo os jornalistas e todos os outros profissionais ligados ao futebol ainda nos enterram mais, quando estamos por cima tiram-nos o mérito e ainda dizem que se ganhamos algo é porque os outros é que estavam mal...
Não há paciência!
 
por CORTO MALTESE - 15:37 | link | 14 comentário(s)
quinta-feira, agosto 23, 2007
E agora, o delírio:
Com os milhões das vendas do Simão e do Manuel Fernandes, não sobram 8 milhões para ir buscar este senhor? E ele manterá com o Benfica a oferta feita ao Boca (2 anos de contrato e ele joga o terceiro à borla) ?
Isso é que era.
Pronto agora vou ali respirar fundo, a ver se me passa.
 
por P - 14:51 | link | 45 comentário(s)
quarta-feira, agosto 22, 2007
Tudo acontece!
E agora? Se algum dos leitores do blog jogar bem a defesa central, é favor apresentar-se no Seixal. Perguntar por D.Camacho.
 
por P - 18:16 | link | 27 comentário(s)
Esperança
Os benfiquistas neste momento estão compreensivelmente entusiasmados com a alteração no comando técnico da nossa equipa de futebol, que resultou no regresso do Camacho ao clube. Mas mais entusiasmada ainda anda a lagartagem. Ainda há pouco fui tomar o pequeno-almoço e encontrei a tertúlia lagarta aqui do sítio. Hoje, tal como ontem, estavam animadíssimos a discutir fervorosamente o seu assunto preferido: o Benfica. Sem surpresas, não vivesse esta espécie de olhos postos no quintal do vizinho. O que me dá mais vontade de rir é mesmo a convicção com que falam do nosso clube. Todos eles sabem quais os erros de gestão óbvios dos nossos dirigentes, sabem aquilatar com precisão o valor dos nossos jogadores e plantel, e apontar os erros feitos nas contratações. Sabem também, com toda a certeza, o novo erro que foi a vinda do Camacho, e prevêem o desastre que daí vai resultar (basicamente, qualquer coisa que provoque a alegria dos benfiquistas para eles está errada - é como a vinda do Rui Costa: o ano passado era um barrete, e só vinha terminar a carreira aqui para vender camisolas e ganhar mais algum à custa do Benfica; agora já dizem que o que vale ao Benfica é o Rui Costa, e que 'se não fosse o velho...'). Dentro de cada lagarto esconde-se o presidente e director de futebol ideal para o Sport Lisboa e Benfica. Dada a sapiência em gestão desportiva que parece grassar entre as hostes do clube que gosta de se equipar com as lonas das barracas da praia da Figueira, às vezes pergunto-me porque será que até as polainas do bisavô já tiveram que pôr no prego, e conquistaram dois campeonatos nos últimos vinte e cinco anos. É um paradoxo.

Ontem à tarde, cerca de quatro mil benfiquistas apareceram no Centro de Estágio do Seixal para assistirem ao primeiro treino da nova era Camacho. Conforme já disse, não espero milagres do Camacho. Sei que ele não possui nenhuma varinha mágica que consiga fazer o Benfica passar a dar espectáculo de um momento para o outro. Não sei o que vale neste momento o Camacho, após três anos de interregno. E se calhar estes últimos meses contribuiram para aumentar o meu cinismo latente. Mas o que eu espero do Camacho é sobretudo esperança e motivação. Estas quatro mil pessoas que ontem foram ao Seixal não são senão isso: uma expressão da esperança que invadiu os benfiquistas. Porque de súbito passámos a acreditar que melhores dias virão. E se um bocadinho deste sentimento conseguir passar para a equipa, então as coisas só poderão mesmo melhorar.
 
por D'Arcy - 11:49 | link | 14 comentário(s)
Afinal havia outros.
Lendo no blog do "torcedor do S.Paulo" , dá ideia que eles não se ralam muito com a possível saída do Edcarlos para o Benfica. Os craques são os centrais Miranda (convocado agora para a selecção brasileira) e Alex Silva (irmão do Luisão).
Por outro lado, não me admirava que, uma vez livre do Corinthians, este jogador voltasse a interessar ao Benfica. Camacho já o quis em tempos. Não joga desde Março, está a recuperar de uma operação ao joelho, mas não me admirava mesmo.
Desde que Camacho não se lembre outra vez do Paulo Almeida...
 
por P - 00:23 | link | 11 comentário(s)
terça-feira, agosto 21, 2007
Yupi!!!
A melhor notícia do dia de hoje:

FERNANDO GASPAR SE MARCHA DEL MÁLAGA

Se calhar para muitos já era esperado, mas como não vi isto noticiado no dia de ontem e o Camacho disse que era possível alguns membros do staff do Fernando Santos continuarem, cheguei a temer o pior.
 
por S.L.B. - 14:10 | link | 16 comentário(s)
Entre o check-out e o check-in
No passado sábado, à beira do Sena, recebo um SMS a dizer que o Petit marcara aos 90 minutos. Suspirei de alívio. Uns quatro minutos depois recebo novo SMS. Fui lê-lo com a convicção de que era o que anunciaria a vitória no fim do jogo. Puro engano. Era o empate. Da indignação à resignação foi o tempo de me lembrar do nome do treinador.
Este foi o estado de espírito com que viajei para Portugal. A resignação de ter que ver um Benfica adiado por um misto de teimosia, incompetência e interesses alheios aos superiores interesses do Glorioso. Na segunda-feira acordo com a notícia pela qual desesperava: um erro chamado Fernando Santos fora demitido por um presidente que, ultimamente, no que à gestão da componente futebolística concerne, tem acumulado erros.
Descontando o péssimo momento do despedimento; descontando a incapacidade de Luís Filipe Vieira em assumir um erro próprio, um que seja; descontando a forma canalha como Luís Filipe Vieira tratou o incompetente do Fernando Santos neste último mês; descontando tudo isto, era o acordar com uma boa notícia.
A confirmação da esperada e desejada contratação de Camacho era a notícia ideal para finalizar o dia.
Assim, tenho a esperança de que hoje seja o recomeço do tempo em que o Benfica deixe de estar adiado. Camacho não é um super treinador que tem o condão de solucionar o que não tem solução. Camacho é mais do que isso: é o garante de que com ele à frente do futebol (e não apenas como treinador) não veremos mais desaguar autocarros de futebolistas que servem as espúrias comissões de empresários e outros vermes afins que gravitam em torno do Benfica. Não veremos uma equipa a ser montada em torno dos interesses particulares de Veigas, Mendes e outros que tais. Não teremos as encomendas dos suspeitos do costume com lugar cativo no onze inicial, não se farão favores a terceiros, teremos os miúdos da formação que efectivamente o justifiquem a ter oportunidades que ultrapassem os ridículos cinco minutos por jogo. Teremos, enfim, um treinador de que nos possamos orgulhar.
Deixo duas ou três notas finais:

É com muita pena que não estarei no próximo sábado a ocupar o meu cativo na Catedral e a saudar o regresso de um homem que me habituei a respeitar: José António Camacho. Não deixa de ser perturbador ver que é o Guimarães a marcar o regresso de Camacho ao Benfica, o mesmo Guimarães que deixou a mais marcante das cicatrizes da História recente do Glorioso… com Camacho no comando.

Espero, com curiosidade, as próximas declarações públicas de Fernando Santos e, com apreensão, as declarações do membro mais velho da família Moura.

Fezada de última hora: voltarei ao país e ao blogue no final do mês. Venho da terra de onde virá um reforço chamado Pedro (Pauleta) e vou para o país de onde virá um outro reforço chamado José (Castro). Será?
 
por Pedro F.Ferreira - 12:51 | link | 7 comentário(s)
segunda-feira, agosto 20, 2007
FS no seu melhor estilo na hora do adeus
FS declarou sentir-se "surpreendido" por ter sido despedido do Benfica, pois "um treinador que ganha o Torneio do Guadiana há 15 dias, ganha o jogo da Liga dos Campeões e não perde no 22º jogo para o campeonato nacional não está à espera de sair". Eu gostava de tecer um comentário jocoso, pleno de ironia, mas não consigo ter mais piada que as próprias declarações deste senhor. Em primeiro lugar, ainda não tinha percebido o real valor do Torneio do Guadiana, mas admito que o problema seja meu, pois pensei que se tratava de um mero torneio de pré-época. Admitindo, portanto, que ganhar o Torneio do Guadiana é um motivo para não se despedir um treinador, é legítimo perguntar-lhe, senhor Fernando Santos, se perder esse mesmo torneio, como aconteceu ao "seu" Benfica no ano passado, é motivo para se despedir um treinador. Concordo com o senhor Fernando Santos quanto ao segundo argumento: ganhar um jogo na Liga dos Campeões é, sem dúvida, um feito importante na vida de um clube. Mas vejamos: o Benfica estava a jogar em casa, com o Copenhaga, ganhou por 2-1 e estava na pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Confesse, senhor Fernando Santos, postas as coisas deste modo, o caso muda de figura, não? Eu não quero com isto dizer que um bom resultado seria apenas ganhar fora ao Barcelona por 4-0, mas este jogo com o Copenhaga não é motivo de orgulho (excepto para o Rui, claro). Por fim, 22 jogos sem perder para o campeonato é muito bom, sem dúvida, mas, senhor Fernando Santos, o Benfica empatou 7 vezes nesses 22, ou seja, perdeu 14 pontos em 66 possíveis. Isto é bom?
 
por pedrov - 19:16 | link | 19 comentário(s)
O Motta e o Emerson estão encostados no Barça e no Real, respectivamente.
O Camacho, com os seus contactos em Espanha, não liga já para lá? Ok o Inter e o Milan já disseram que estão interessados, mas...o que é que isso interessa?
Vamos a isso, pá.
E o Pauleta, que dizem?
E o tal de Souza, camisa 10 do São Paulo ?
E um director desportivo que perceba de bola, não?
Sábado...Luz cheia!!!
 
por P - 19:10 | link | 8 comentário(s)
Quase tão absurdo como a própria contratação do Sr. Fernando Santos
Tal como os meus companheiros de Tertúlia, também não gostava do Sr. Fernando Santos e achava que ele já deveria ter saído no final da época passada (isto para não dizer que nunca deveria ter vindo).

Mas, e se isto foi um estratagema do Luís Filipe Vieira para permitir que o Fernando Santos fosse campeão pelo Benfica? Para mim é a única explicação plausível para um despedimento nesta altura...
 
por S.L.B. - 18:17 | link | 3 comentário(s)
Adeus, Fernando Santos - e já agora, obrigado.
E pronto. Desta foi de vez, Fernando Santos saiu. Acho que a decisão, certa ou errada, a ser tomada deveria tê-lo sido no final da época passada, ou então só no final desta.

O que é que mudou que justifique que, após dois jogos oficiais, o treinador seja despedido? Acho que LF Vieira se deixou tomar pelo pânico.

Se algo mudou, foi que a equipa está pior, logo seria difícil que jogasse melhor e tivesse logo excelentes resultados. Vejamos: saíram os dois melhores jogadores e marcadores (Simão e Miccoli); mais um muito bom médio (Karagounis) e um defesa central (Anderson); entrou mas saiu logo um excelente médio que tinha sido um dos melhores jogadores na pré-época (Manuel Fernandes); o substituto anunciado de Simão, Di Maria, chega lesionado, perdendo-se a possibilidade de aproveitar desde já a sua qualidade e quiçá acalmar os adeptos. Querem milagres?

A menos que tenha havido aqui um plano maquiavélico; já se sabia que a possibilidade de Simão e Manuel Fernandes saírem era alta; como nenhum técnico do mundo (e muito menos Camach) aceitaria de bom grado perder dois dos melhores jogadores na pré-época, havia que manter FS e depois substituí-lo se se revelasse útil.

E agora? “Puès, nada”, como diriam os espanhóis. Há que continuar a trabalhar e esperar mais uma época de confusão. Camacho (se é que é ele) vai trabalhar com jogadores que não escolheu, após uma pré-época que não dirigiu; sendo como é, novas e grandes mexidas haverá em Janeiro.

Esperemos que a decisão tomada tenha sido a certa. Mas lamento mais uma vez que não tivesse sido tomada mais cedo, e que se optasse novamente or uma solução “sebastianista” de regresso de um “homem providencial”, em vez de tentarmos um treinador de primeiro plano europeu.

E já agora; quando se resolve a questão do Director Desportivo? Já que os nossos inimigos (com algum apoio interno, diga-se) conseguiram finalmente abater Veiga, urge encontrar alguém de qualidade para o lugar. E rapidamemente.
 
por Artur Hermenegildo - 17:08 | link | 14 comentário(s)
Não respirar (debaixo d'água)

Encarei a passagem do Fernando Santos pelo Benfica como se encara um longo mergulho em água gelada, que nos obriga a suster a respiração até chegarmos ao outro lado. É um sacrifício que tem de se fazer e que se faz tendo presente a todo o momento que o mergulho não dura para sempre e que, quando finalmente se emerge, o alívio é enorme. Parece que a vida fica suspensa enquanto se está debaixo de água, que se fez uma pausa no normal andamento do Universo. Quando se vem à superfície, o mundo parece que começa a rodar de novo e a vida recomeça.

O Benfica prolongou o mergulho, numa mistura bizarra entre um exercício sado-masoquista e um teste científico, até ao limite da reserva de oxigénio. Não é preciso arriscar o afogamento para perceber que não dá para respirar debaixo de água. Basta, se calhar, ter senso comum e atentar nas provas e experiência dos outros.

É, no fundo, como tocar num cabo de alta tensão para ver se dá choque. Dá, e não é preciso lá mexer.

Agora que o LFV sabe que algumas das verdades absolutas são mesmo verdade (como ‘treinadores incompetentes não servem para o Benfica’), não me parece ser necessário continuar a desafiar o destino.

Emergimos hoje de um mergulho longo e desnecessário. Respiremos fundo. A vida recomeça.

p.s.1 não esqueço, nem por um segundo, que as responsabilidades do que aconteceu nestes 13 meses não morrem no Engenheiro. O prolongamento do inadiável e a gestão imbecil das entradas e saídas têm outros responsáveis, hierarquicamente superiores;

p.s.2 O Camacho não é a cura para todos os males, nem se lhe pode exigir que o seja. Mas é um homem com carisma, é um condutor de homens, é um tipo com garra e com os tomates no sítio, que manda a mensagem certa cá para fora, que extrai o rendimento máximo dos jogadores. E que, por tudo isto, tem uma empatia especial com a alma colectiva benfiquista. Como se exige que um treinador do Glorioso tenha. Já sentia a falta dos berros desde o banco.
 
por Carlos Miguel Silva (Gwaihir) - 14:25 | link | 16 comentário(s)
É mais do mesmo...!
O Fernando Santos foi para a rua!

Muitos de nós, Benfiquistas, estamos contentes, eu pelo menos estou. Mas estaria mais contente se ele não tivesse começado a época. O timming é péssimo. Logo no fim da 1ª jornada!?? Não chegaram 30 jornadas ao LFV, o ano passado, para ver isto? Pelos vistos foram necessárias 31 jornadas, 30 ainda não davam para fazer uma análise justa a um treinador. Ridículo.

E consequências? Mais uma pré-época para o lixo.

Porquê?

1º as ideias (poucas) treinadas na pré-época vão para o lixo.

Consequência, começar tudo de novo, novos mecanismos, nova táctica, e tudo isto com a época já andar.

2º a preparação fisica pensada pelo preparador fisico para esta época para o lixo, porque o novo que virá tem filosofias diferentes.

Consequência, irá haver quebras físicas durante a época, lesões musculares.

3º os jogadores escolhidos eram para se encaixar na filosofia de jogo do Fernando Santos (fosse ela qual fosse), provavelmente o treinador que virá terá outras ideias e irá querer jogadores diferentes, certamente.

Consequência, foi investido dinheiro para o lixo, e em Dezembro, ou ainda até ao fim das inscrições, mais uma série de jogadores a entrar e a sair.


Isto que aconteceu hoje foi mais poeira para os nossos lindos olhos. Dá-se a ideia que a culpa é apenas e só do treinador, mas não é.

1º É culpa do treinador na véspera de um jogo essencial, ter uma tactica pensada a contar com um determinado jogador e ele ser vendido?

2º É culpa do treinador ouvir o presidente dizer que quem começou o estágio no Seixal já não sai e depois é vendido o Simão?

3º É culpa do treinador ter que levar com jogadores que não conhece nem escolheu?

4º É culpa do treinador ter um director desportivo que sai, depois entra, e depois sai outra vez sem que se perceba como?

5º É culpa de um treinador não poder contar com um central que está no plantel e que não pode ser usado só porque a direcção esta época embirrou com ele?

E mais questões podiam ser colocadas!

Tenho a dizer que vejo o futuro do meu clube muito mal parado...!

O LFV já deverá começar a pensar em meter-se num camião e fazer-se à estrada... para bem longe. E já que é sócio do Sporting, pensar em candidatar-se a Presidente!

Anastercio Leonardo
 
por anastercioleonardo - 13:22 | link | 17 comentário(s)
Fim
Com cerca de 10968 horas de atraso, parece que finalmente a decisão certa foi tomada. Julgo que desde o dia 20 de Maio de 2006 que a grande maioria dos benfiquistas estava à espera que isto acontecesse. O Nandinho foi um erro (enorme) de casting que nunca deveria ter acontecido. Um homem cuja contestação começa no dia em que é anunciada a sua contratação é, claramente, a pessoa errada no lugar errado. Pena foi que, mesmo depois de uma época penosa como a do ano passado, não se tivesse imediatamente reconhecido esse erro, e tomado logo as medidas apropriadas, permitindo assim que o novo treinador tivesse tempo para preparar a nova época. Mas mais vale tarde que nunca.

Conforme já disse noutras ocasiões, mesmo as situações anómalas que ocorreram no início desta época - concretamente, as saídas do Simão e do Manuel Fernandes - e a perda de alguns jogadores influentes - Miccoli e Karagounis - para mim não servem de grandes atenuantes ao Nandinho. Porque a época passada, mesmo com estes jogadores, a equipa jogava exactamente da mesma maneira. Ou seja, mal e sem chama. O Karagounis foi até um jogador que, por vontade do Nandinho, nem teria ficado cá já a época passada. E o Micle foi apelidado de gordo pelo mesmo Nandinho, e esteve a um pequeno passo de sair em Dezembro por causa disso.

O nome mais falado para ocupar o cargo é obviamente Camacho. Nada tenho contra. Não vejo o Camacho como uma espécie de D.Sebastião, nem acho que a partir do momento em que ele entre o Benfica vá desatar a ganhar jogos em catadupa. O Camacho não faz milagres e tem as suas limitações como treinador. Vi o Benfica fazer alguns dos jogos mais horríveis de que me recordo com o Camacho no banco (alguém se recorda da derrota em casa com o Beira Mar, na estreia oficial da nova Luz?). Mas o mais importante que eu espero ver regressar com o Camacho é a esperança. Porque pelo menos quando ele cá estava, eu tinha sempre esperança que do banco viesse um safanão à equipa, algo que pudesse alterar o rumo das coisas quando elas estavam a correr mal, nem que fosse um daqueles berros que se ouviam lá em cima no Terceiro Anel. Hoje em dia, o que eu sinto, e sei que este sentimento é partilhado por muitos dos benfiquistas, é uma espécie de conformismo. É quando sofremos um golo pensarmos logo 'Pronto, já perdemos...', porque temos a consciência que a equipa é incapaz de reagir a uma adversidade. É vermos o Benfica atacar e, quase com uma certa indiferença, não acreditarmos que é possível marcar um golo. E quando de facto o marcamos, às vezes até fico surpreendido. Aliás, o próprio jogo com o Leixões é um exemplo desta mentalidade desgraçada que o Nandinho arrastou para o Benfica. Porque eu sei que para muitos benfiquistas, mesmo depois de termos marcado o golo aos noventa minutos, mesmo assim não ficou convencida que o jogo estava ganho. Em quase todos nós instalou-se a dúvida, por mais pequena que fosse, que ainda seria possível não ganharmos. E se os adeptos sentiram isso, alguém me garante que os jogadores não sentiram o mesmo?

P.S.- Nwoko, rapaz, desculpa lá os nomes todos que te chamei no Sábado à noite. Apesar da chatice do empate, obrigadinho pelo favor prestado, pá!
 
por D'Arcy - 13:11 | link | 10 comentário(s)
Para ser lido tipo Gato Fedorento a imitar Marcelo.
- A saída de Fernando santos é boa para o clube?
-É.
-Mas não resolve tudo.
-Não.
-Mas é bom que ele saia?
-É.
-Mas bom mesmo era que se resolvesse aquela balbúrdia de uma vez?
-Era.
-Mas quem devia resolver vai só mudar de treinador?
-Vai.
-E se vier o Conceiro?
-Hein?
-Ok, e se vier...o Camacho?
-Menos mal.
-Mas não resolve?
-Não.
 
por P - 11:59 | link | 10 comentário(s)
Hoje acordei assim.
 
por pedrov - 11:31 | link | 7 comentário(s)
domingo, agosto 19, 2007
Soneca
Para meu enorme prazer, acabei de ver o Man City, do 'nosso' Eriksson, abater o Man Utd (uma equipa que detesto, com uma única excepção: o fabuloso Ryan Giggs). O golo foi do Soneca, que já leva dois golos em três jornadas da Premier League. Alguém no Benfica, no início da época passada, chegou à brilhante conclusão que o Soneca era um jogador dispensável, e como tal foi libertado a custo zero. Pelos vistos o Eriksson, que é capaz de perceber umas coisas de bola, não teve a mesma opinião, e achou que o jogador até era capaz de dar jeito no melhor campeonato do mundo. É com tiros nos pés destes que também se vão explicando os insucessos recentes da nossa equipa de futebol.
 
por D'Arcy - 15:32 | link | 21 comentário(s)
A perder
Para mim, Fernando Santos é só parte do problema, e não o problema todo. Enquanto não se perceber isso e se fizer algo para mudar a sério...tudo ficará na mesma, ainda que o treinador mude.
Mas a mudança deve, sem dúvida, passar por aí. A questão é: mais uma vez não se antecipou este cenário, e agora que treinador é que vai pegar nesta equipa, nesta altura da época, sem tempo para ir buscar jogadores à medida das suas ideias?
Li aqui que devíamos ir buscar o Capello. Nunca na vida ele viria. Nunca teríamos dinheiro para lhe pagar. Não treina equipas com este nível. É melhor descermos à terra.
E pensar globalmente em toda a estratégia desportiva, ou falta dela, no nosso clube. Politica e timing das contratações e o que isso indica sobre a forma como o Benfica ainda não percebeu o que é o futebol hoje em dia. Numa palavra: competência para gerir o futebol do Benfica.
E isso não cabe só ao treinador.

PS1 - Camacho não é solução. Tacticamente mediano, parece-me sobretudo uma bom gestor de recursos humanos, capaz de criar um espírito de equipa bom. Mas não treina desde que passou 20 dias no Real Madrid para sair abruptamente e sinceramente desconfio da ideia de "salvador da pátria"...

PS2 - E O Giovanni? Saiu do Benfica a custo zero. Diz que não servia. Hoje ganhou o derby para o Manchester City. É assim, mais um tiro no pé de quem manda no futebol do Benfica.
 
por P - 11:01 | link | 21 comentário(s)
1º Jornada (-2 Pontos)
Mais um ano em que começamos em grande, já com menos dois pontos, ainda para mais quando os mais directos adversários se encontram para a semana. Podíamos ficar em vantagem pontual em relação a dois, ou pelo menos a um adversário directo. Mas não, para quê...?!

Empatar assim não me custa nada. Sabem porquê? Porque nós não fizemos nada para merecer ganhar, para marcar o golo. Temos de ser honestos a ver o jogo. As únicas grandes oportunidade de golo que tivemos foi mais um fabuloso remate do Rui Costa, uma jogada do Bergessio, que partiu em fora de jogo e falhou isolado, e mais outro falhanço do Bergessio que deu canto e depois o golo. Ou seja 4 oportunidades de golo. Para um candidato ao título, e a jogar com uma equipa que ficará na melhores das hipóteses a meio da tabela, é curto. Além disso, não nos podemos esquecer de que o Quim fez 3 defesas fabulosas, que podiam dar origem a golo. Ou seja, quero dizer que o Leixões também atacou, não se limitou a defender e que, além disso, nada fizemos para ganhar.

Irrita-me não empatar, porque por vezes acontece, mas fico passado com a moleza, a falta de garra, a falta de alegria que vejo nos jogadores. Os jogadores do Benfica parecem claramente, salvo raras excepções, que vão para os jogos marcar o ponto ("ai temos de jogar uma hora e meia... é só isso... ok, isso eu faço").

E o Fernando Santos também parece conformado, não puxa pelos jogadores, nada...!

Tenho a dizer que pelo que vi hoje... ou nós pomos a pau, ou ficamos do 4 lugar para baixo. O FCP viu-se à rasca para ganhar ao Braga... mas o Braga está a anos de luz do Leixões. O Benfica joga como jogou hoje com o Braga e leva 3 ou 4. E na Dinamarca... a jogar assim, adeus Champions.

Anastercio Leonardo

p.s: queria aproveitar ainda para pedir desculpa ao Rui Costa.

"Caro Rui, desculpa por te obrigarmos a jogar neste Benfica, em que a única semelhança com o Benfica que abandonaste em 1994 é apenas o símbolo. Já nem o estádio é o mesmo, das camisolas só resta o símbolo, as quinas do campeão foram-se, o branco alternativo tingiu, agora é rosa, o vermelho, parece esbatido.

Os que gritam por ti são os mesmos que gritavam, mas parece que esses já não mandam no clube, apenas têm direito a entrar no estádio e a ver jogos de futebol, quando temos a sorte do adversário jogar bem, porque o Benfica, esse, já não joga futebol, cumpre apenas calendário, como tal vamos lá ver os homens vestidos com algo parecido com a camisola do Benfica a dar chutos na bola.

A braçadeira de capitão que tantas vezes viste na camisola do Veloso, do Paneira, do Valdo, e que gostavas de a usar, não podes, porque essa braçadeira já perdeu a mística. Qualquer um a usa hoje em dia no Benfica, como tal, ainda bem que não a usas, porque a braçadeira que já foi sagrada, está hoje em dia banalizada e sem sentido nenhum. E tu não mereces ser vulgarizado...!Desculpa por termos estragado a mística da braçadeira que merecia ser tua.

Rui, não fiques a pensar que perdeste o talento, e que os passes não te saem bem, porque saem, mas o Rui Águas já não joga, o Isaías também não, o Magnunson já esta na Suécia, o Yuran já deixou de jogar, o Paneira já não está na direita, o Shwarz e o Pacheco já não correm na esquerda, o Thern e o Kulkov já não te apoiam ao teu lado...!
Aqueles a quem hoje passas a bola não têm inteligência para perceber o teu futebol, preferem pentear o cabelo, pintá-lo, atirar-se para o chão, ficar no chão a simular lesões...! Desculpa, Rui!

Quanto ao facto de seres o único que corres, e que nem nos amigáveis queres perder, não penses que és tu que exageras... ou que estás tolinho... não, mas é que hoje em dia, ser jogador de futebol do Benfica e gostar do clube não existe. Para a grande parte dos jogadores teus colegas de balneário, ganhar ou perder é igual, desde que o ordenado cai no fim do mês. Desculpa Rui, mas é este o Benfica que temos. O balneário já não é o mesmo... já não chora nas derrotas, já não ri nas vitórias... mas berra se o ordenado se atrasa um dia, ou se o prémio pela vitória é curto. Desculpa por te darmos este balneário.

Desculpa ainda, por termos um médico que não sabe ver uma radiografia, e se enganou no prognóstico da tua lesão o ano passado, e por termos um preparador físico que não te prepara nem a ti nem aos teus colegas de balneário.

Por tudo isto, desculpa Rui, merecias estar no Benfica de que tu gostas, no Benfica pelo qual tu choravas, que tenho a certeza que não é este Benfica"

Anastercio Leonardo
 
por anastercioleonardo - 00:46 | link | 9 comentário(s)
sábado, agosto 18, 2007
Adeus
Adeus Nandinho. Vai-te embora que já se faz tarde. Independentemente do golo feliz e até injusto conseguido pelo Leixões ao cair do pano, mesmo uma nossa eventual vitória esta noite não iria alterar esta minha opinião. Já não acredito, já quase nenhum benfiquista acredita que algum dia consigas fazer seja o que de positivo for com a nossa equipa.

Já não bastava a mediocridade do costume, desta vez o Nandinho ainda resolveu inventar. Luís Filipe de início a jogar a médio ala. Não apresentou quaisquer melhorias exibicionais em relação ao que fez na passada terça-feira a jogar a lateral. O resultado disto foi que passámos cerca de setenta minutos a jogar com menos dois jogadores. O Luís Filipe de um lado, e o Nuno Assis do outro, completamente às aranhas em campo, perdendo bolas atrás de bolas e jogando apenas para trás e para os lados. Não sei qual seria o plano inicial, mas a verdade é que após pouco tempo o Benfica jogava numa espécie de 4-2-3-1, já que o Nuno Gomes recuou para as costas do Cardozo, deixando-o abandonado lá na frente. Os supostos flanqueadores não existiam: o Nuno Assis ou fugia para dentro, ou perdia a bola. O Luís Filipe simplesmente perdia a bola, e portanto ficávamos dependentes apenas das subidas do Léo e do Nélson para tentar levar a bola à linha e centrar. Chegou a ser doloroso ver o Cardozo quase na linha do meio campo a vir receber a bola, porque senão não lhe chegava jogo nenhum. Depois, claro, com ele cá atrás não havia ninguém na área.
O próprio Rui Costa não parecia estar muito inspirado no passe, e foram raras as jogadas decentes que conseguimos. Em resumo, a primeira parte foi deitada às urtigas, e durante largos períodos de tempo foi até o Leixões (equipa vinda da Liga de Honra) quem comandou as operações.

Do segundo tempo só vale a pena falar dos últimos minutos, já que até lá foi mais do mesmo. A vinte minutos do fim, entrou o Coentrão para o lugar do Luís Filipe, o Assis passou mais para a direita, e o Benfica finalmente começou a jogar à bola. O Leixões foi encostado cá atrás, e nós durante os últimos quinze minutos jogámos finalmente como deveríamos ter jogado desde o princípio da partida. Ao contrário do que se passou antes, em que eu via o jogo e não acreditava que fosse possível alguma vez o Benfica marcar, agora sim, o golo adivinhava-se a qualquer instante. E acabou por surgir já no último minuto da partida, na sequência de um canto, onde o Petit apareceu a aproveitar um desvio do Katsouranis ao primeiro poste. A vitória parecia garantida, dada a altura em que o golo surgiu. Mas não. Mais uma vez (quantas vezes isto aconteceu o ano passado), nós recuámos logo a seguir ao golo. Um Leixões que tinha passado os último vinte minutos acantonado junto à sua baliza, incapaz de sair do seu meio-campo, de repente nos três minutos de descontos passa a aparecer junto da nossa área. E num cruzamento lá para dentro, um jogador deles tem a sorte de ficar com um ressalto nos pés e rematar por entre uma floresta de jogadores do Benfica para o golo. Injusto? Falta de sorte? Estas coisas parecem perseguir-te onde quer que vás Nandinho. Acredita, isto já não é apenas falta de sorte.

Melhor jogador do Benfica: Katsouranis. Cortou o que havia a cortar na defesa, foi decisivo no golo. O pior foi o Luís Filipe. Sobre o Nuno Gomes nem consigo opinar, porque praticamente não conseguiu tocar na bola. Se calhar foi apenas mais um exemplo de um jogador lançado para dentro do campo sem estar ainda nas condições ideais.

Há uma dúzia de anos atrás, e após uma época completamente frustrante para os benfiquistas, à terceira jornada o Benfica recebeu o Vitória de Guimarães. No final desse jogo, e após um empate, um dos treinadores mais nefastos que passaram pelo Benfica nos últimos anos foi finalmente despedido. Este ano, e após uma época a todos os níveis frustrante para os benfiquistas, à segunda jornada o Benfica recebe o Vitória de Guimarães. Há alturas em que desejamos que a história se repita. Bem, talvez convenha não sermos assim tão radicais. O empate final dispensa-se.

P.S.- No jogo de hoje, durante a fase de assédio do Benfica à baliza do Leixões, o Nuno Assis e o Ezequias perseguem uma bola dentro da área leixonense, em direcção à linha final. Numa tentativa de proteger a bola, o jogador do Leixões resolve enfiar o cotovelo na cara do Nuno Assis (basta lembrarem-se de quem é que emprestou o jogador ao Leixões para se reconhecer a 'escola'). Penalti tão evidente quanto idiota e desnecessário. Número de repetições em que é visível a infracção transmitidas? Uma. Havia de ser um lance 'duvidoso' na nossa área para vermos quantas vezes o repetiriam. É a SportTV que temos.
 
por D'Arcy - 23:47 | link | 20 comentário(s)
sexta-feira, agosto 17, 2007
INÍCIO DE ÉPOCA
Este é o meu primeiro “post” para este excelente blog, e desde já afirmo a minha grande satisfação por poder a partir de agora contribuir para o mesmo.

Mas vamos ao que interessa.

Como muitos benfiquistas, estou apreensivo. Esta época, lembram-se, parecia ir nascer em grande; íamos manter a estrutura base da equipa, e todos os grandes jogadores, e ainda contratar reforços de qualidade.

O treinador e o presidente asseguravam ainda que não se iria repetir o que acontecera na pré-época de 2006, e que a equipa iria estar fechada no momento de início do estágio. “Para que não se volte a deitar fora um mês de trabalho”, asseguravam.

Tudo parecia começar bem. Contratámos Cardozo, Bergessio, Zoro, voltava Manuel Fernandes. A grande equipa estava a caminho.

Depois, foi o que se viu e todos acompanhámos. Eu estava em Espanha quando num noticiário televisivo ouço “el Atlético há fijado a um nuevo jugador, el portugués Simão”, ou algo parecido.

Conclusão: perdemos Simão e Miccoli, os dois melhores jogadores e os dois melhores marcadores da equipa; Manuel Fernandes afinal não ficou; saiu ainda Karagounis, saída cuja repercussão é maior do que se esperava por se somar às restantes. E Anderson, que teve uma época menos boa mas ainda poderia ser útil.

O problema do lateral direito pelos vistos não foi levado muito a sério; à última hora lá desencantaram o Luís Filipe; mais valia termos ficado com o João Pereira.

Começa a época e ainda estamos à espera de quatro jogadores novos. O reforço mais entusiasmante, Di Maria, está lesionado e nem sequer é dada uma previsão para começar a trabalhar, o que quer dizer que antes de Outubro, na melhor das hipóteses, não deverá ser produtivo.

O que podemos esperar desta equipa? Provavelmente teremos de passar por um início de época titubeante, como no ano passado, a menos que Rui Costa repita sistematicamente exibições como a da semana passada.

Lá mais para frente, dependerá do real valor dos reforços e da sua rápida adaptação. Di Maria é um excelente jogador, pelo que se viu no Mundial de sub-20; Cardozo tem muitas qualidades, Bergessio e Adu poderão ser úteis, Zoro parece ser uma boa alternativa para central. Há razões para acreditar que a equipa pode melhorar, a não ser que o potencial dos novos jogadores resulte afinal em nada; mas espero que tal não aconteça.

Outros pontos a ter em atenção, para além do da adaptação dos reforços, são: o lugar de defesa direito, ainda por cima de grande importância num esquema táctico “em losango”, onde não há médios-ala e devem ser os laterais a desempenhar esse papel; a dependência da equipa em relação a Rui Costa; e a falta de jogadores rápidos no ataque, o que limita as acções de contra-ataque e a capacidade de abrir as defesas mais fechadas.

Ou seja; ou Rui Costa faz ainda uma grande época, Di Maria confirma ser um jogador excepcional, e Cardozo marca golos, ou vamos ter problemas sérios.
 
por Artur Hermenegildo - 15:02 | link | 8 comentário(s)
"Benfica à Benfica!!"
O que é um Benfica à Benfica!?

Um Benfica à Benfica é uma expressão que eu ouvia, e que ficava todo orgulhoso de a ouvir, mas que desde 1994, deixei de ouvir. Talvez a espaços com o Camacho tive uma ilusão de voltar a ver esse Benfica à Benfica.

Mas o que é um Benfica à Benfica?

1º É um Benfica que ora veste de Branco ora veste de Vermelho, mas nunca de Rosa, de Azul, de Prata, de Amarelo (nem no ciclismo), de Preto, etc.

2º É um Benfica que tem um Presidente que é do Benfica, e é apenas sócio do Benfica, e nunca do Sporting, nem do FCP. É um presidente que prefere ir nadar para o Tejo, em vez de ter de recorrer as piscinas do Sporting, é um Presidente que prefere ser membro do PNR a ser sócio do FCP.

3º É um Benfica em que os jogadores que entram são mesmo reforços, e não vão para lá para preencher vagas, ou para vender camisolas.

4º É um Benfica onde os jogadores sentem a camisola, e gostam e têm prazer em estar no clube, e a terem de sair do Benfica é para outro clube do mesmo nível, e não para equipas secundárias só porque ganham mais.

5º É um Benfica que joga nas competições europeias e intimida, joga que se farta, cai em cima dos adversários, não anda com o credo na boca e a passar vergonhas. (ai que saudades do 15minutos finais à Benfica, ou dos jogos em que o meu coração apertava 4-4, 1-3, 1-0, etc.)

6º É um Benfica que ganha campeonatos atrás de campeonatos, ou que pelo menos luta por eles até ao fim.

7º É um Benfica que joga bem, com bom futebol, que dá alegria ver jogar.

8º É um Benfica que só tem lesões graves, e não tem metade do plantel lesionado durante a época toda

9º É um Benfica em que os jogadores confiam nos médicos, nos fisioterapeutas, sem precisar de recorrer a serviços externos.

10º É um Benfica em que o plantel quando esta fechado esta fechado, e não saiem jogadores a meio da epoca.

11º É um Benfica em que quando a época começa não sai nem entra mais ninguém.

12º É um Benfica que quando estabelece que o preço é x, é mesmo x, e não há mais um tostão.



É um Benfica que não sei quando volto a ver, ou se realmente chegou a existir, é que cada vez mais parece uma miragem.


Anastércio Leonardo
 
por anastercioleonardo - 13:01 | link | 16 comentário(s)
quinta-feira, agosto 16, 2007
Déjà Vu*
Plena e absolutamente convencido que, apesar de marcar o regresso à minha segunda casa após várias, demasiadas, semanas de ausência, também se estava prestes a iniciar mais um ano de tormentas variadas e alegrias escassas, lá me dirigi na terça-feira para o Estádio da Luz com a secreta esperança que os meus olhos desmentissem os meus piores receios.

Estando nesta altura o jogo já suficientemente escalpelizado (por falar em escalpes, vêm-me logo à ideia um sem número de figuras às quais não me importava de tirar o escalpe...adiante...), penso que se justificarão minimamente algumas notas soltas acerca do que me foi permitido observar na noite que se arrisca a ser a única em que pude ouvir o hino da Liga dos Campeões ao vivo este ano. Por falar nisso, e este é apenas um pequeno aparte, acho um pouco injusto que toquem o hino nestes jogos pré-eliminatórios, quanto muito colocar-se-ia um qualquer mix da música em causa, feito por um dj mais ou menos conceituado, mas a música original creio que é, permitam-me o desabafo, injusto para as equipas que realmente irão participar na liga milionária.

Ora bem, depois de duas horas de saudável convívio com camaradas que fazem centenas de quilómetros para verem o Benfica, o que, se preciso fosse, ajudava a contextualizar a importância que este clube assume nas nossas vidas, lá chegou a hora de entrar no estádio. A primeira impressão do novo relvado não podia ser melhor. Parecia que as notícias que tinha lido e que apelidavam este relvado como o melhor desde que a nova Luz foi construída eram mesmo verdadeiras. Essa impressão durou exactamente até à jogada em que, na sequência de um carrinho do Katsouranis, um tufo de relva se levantou, deixando a descoberto um monte de terra, qual tapete levantado para se varrer o lixo para debaixo dele (mais uma imagem que, não o consigo evitar, me faz pensar nas mesmíssimas figuras de há pouco e às quais não me importava de varrer, eu próprio, para debaixo do tapete...adiante...).

Há uma série de equívocos aos quais é simplesmente impossível escapar quando nos propomos a analisar o binómio "constituição do plantel versus opções do treinador visando a melhoria das prestações da equipa". Tal como já escrevi na caixa de comentários, em resposta a um post de um camarada tertuliano, pouco falta, muito pouco mesmo, para ser concedida ao Fernando Santos a maravilhosa experiência de passar de réu a vítima, juntando-se nessa qualidade a vários milhões de benfiquistas. Se neste momento estão a pensar em possíveis nomes que o possam substituir nessa função (de réu), podem parar desde já, pois essa, a culpa, irá mais uma vez morrer solteira. Coitada, ninguém lhe quer pegar. Pudera...

Obviamente que não será fácil, julgo eu, a alguém explicar os motivos que o levem a deixar em campo um jogador lesionado, correndo o risco de agravar a lesão e de prejudicar a equipa por estar a contar com um elemento que no fundo só está a fazer figura de corpo presente, e muito menos entrará nos compêndios de bem gerir um plantel e a motivação dos que o integram a saída ao intervalo de um reforço contratado há pouco tempo e que busca o seu espaço na equipa e que sequer estava a jogar pior do que a maioria dos colegas de equipa, com a suprema agravante de, tratando-se de um avançado, ser a auto-confiança absolutamente essencial para um jogador render o seu máximo. E isto tudo num jogo em que era imperioso vencer, estando nessa altura empatado, em que as soluções no banco de suplentes não abundavam e logo um jogador que, mais cedo do que mais tarde (escrevam-no) o treinador terá de usar por falta de alternativas credíveis.

A entrada de outro jogador com meia dúzia de treinos "europeus" nas pernas e nitidamente verde para este tipo de jogos foi apenas mais um prego neste caixão com um diâmetro enorme e com a particularidade de estar assente sobre 12 milhões de pernas e que caminha sabe se lá para onde. Não sou bruxo nem sequer particularmente dado a previsões que depois se vêm a confirmar, mas antes do jogo e falando sobre as hipóteses de Adu se estrear, dizia que era muito mais fácil vermos o treinador a usá-lo (ia dizer "queimá-lo) no caso do jogo estar empatado ou mesmo com a equipa a perder, do que a dar-lhe minutos de jogo caso a equipa estivesse a vencer por uma margem tranquila e a salvo de qualquer surpresa desagradável. É, sempre foi, um treinador com escassa, ou nula, visão abrangente, e bastas vezes se colocou a jeito para ser castigado pela má fortuna. Ou não é verdade que a qualidade de um treinador (também) se mede pelo treino de soluções alternativas que serão utilizadas se as circunstâncias o exigirem? No Benfica actual (e este actual já dura há demasiado tempo!) não é isso que sucede. Dá a sensação que as coisas são geridas ao sabor do vento e isto, infelizmente, leva-me à segunda parte do problema: a gestão desportiva.

Admite-se em algum lado que não se bloqueie a saída de jogadores importantes da equipa quando se está a poucas horas de iniciar as competições oficiais? Ou que se promova o regresso a um triste passado em que entravam mais de uma dezena de jogadores por época, mais parecendo que a gestão escolhida era baseada na memória dos peixinhos cor-de-laranja dos aquários, isto é, época nova vida nova, não há nada que valha a pena manter da época precedente, vamos baralhar e dar de novo. Minto! Manteve-se o treinador. Mas nem isso foi feito com absoluta convicção. Ou ainda existe quem se permita duvidar que a permanência do Fernando Santos está presa por arames? Ele que não apure a equipa para a Liga dos Campeões e/ou que inicie a época de uma forma parecida com a época passada. Bem, a nível exibicional estamos conversados, mas neste caso estava a falar de resultados...

Para terminar deixo-vos uma pequena equação que se tem entretido a vaguear de um neurónio para outro sem que haja da minha parte a menor vontade em resolvê-la:

Miccoli - Simão - Karagounis + Adu + Di Maria + Cardozo + Fernando Santos = ?


*Qualquer semelhança entre este texto e outro que tenham lido neste blogue, das duas uma, ou é o vosso subconsciente a pregar-vos uma partida ou então é porque ambos os autores achavam o mesmo, isto é, que na terça-feira assistiram a um remake de um filme cuja produção original já de si tinha um fraco argumento e, ironia das ironias, tendo como realizador a mesmíssima pessoa. Uma pena que tenhamos de ser nós, novamente, os figurantes...
 
por Superman Torras - 18:22 | link | 2 comentário(s)
quarta-feira, agosto 15, 2007
Déjà Vu*
Será que vale a pena estar a escrever sobre o jogo desta noite? Será que vale a pena voltar a dizer o mesmo? Falar sobre uma equipa cinzenta e amorfa, à imagem do seu treinador, aparentemente descrente em si própria como conjunto, sem garra para ir à procura de uma vitória, e dependente dos rasgos individuais de um ou outro jogador? Da época passada para esta mudaram vários jogadores, mas de que serve isso se não muda quem os orienta? O resultado está à vista: mais do mesmo. Mais afunilamento do jogo, mais escassez de ideias, mais incapacidade para dar safanões num jogo que não corre de feição, mais dez jogadores parados a olharem para aquele que conduz a bola, mais falta de iniciativa para ir à procura da bola. Começa-se o jogo a marrar pelo centro, sem resultados práticos. O Rui Costa tira da cartola um golo do meio da rua, e minutos depois, com o Luisão lesionado quase a arrastar-se em campo (se fosse outra equipa, de certeza que o jogador em questão se teria deixado cair, para que fosse feita a substituição), ele próprio encarrega-se de oferecer o golo ao adversário. Adversário esse que, pintem-no lá como quiserem, é uma equipa banal. Joga como quase todas as equipas nórdicas jogam, muito arrumadinho num 4-4-2 quase desenhado a régua e esquadro no campo, e que ainda me parece estar mais fraco do que o ano passado (pelo menos o Tobias Linderoth já não joga lá). Mas para uma equipa do Nandinho conseguir encontrar um rasgo de criatividade para furar as duas linhas de defesa deste 4-4-2 linear, isso afigura-se uma tarefa de uma magnitude colossal.

Na segunda parte tentou-se emendar a mão, colocando a equipa em 4-3-3. O sacrificado? Provavelmente um dos poucos que estava a dar nas vistas durante a primeira parte, precisamente por se manter pouco amarrado ao espartilho táctico que o Nandinho devisou para a nossa equipa: Bergessio. Coentrão na esquerda, Adu na direita (convém lembrar que um dos motivos que levou o Adu a querer sair da MLS foi precisamente o facto de o fazerem jogar frequentemente encostado às linhas laterais) e Cardozo no meio. Durante essa segunda parte, muitas trocas de posições entre os três da frente, o que deve ter feito todo o sentido para uma defesa dinamarquesa que jogava à zona, e onde os seus jogadores não abandonavam a posição nem que a vaca tossisse. Aposto que estas variações nandinhescas lhes devem ter posto a cabeça em água. Depois de um início algo prometedor, o jogo voltou a cair na modorra da primeira parte, e foi preciso mais um rasgo do Rui Costa (após um bom trabalho do Cardozo a segurar a bola) para desfazer a igualdade, e poupar o Nandinho a uma segunda pateada esta noite (a primeira foi logo mal foi feito o anúncio da constituição das equipas).

O melhor, obviamente, Rui Costa. Léo mais ou menos como sempre, mas muito desacompanhado quando tentava subir pelo seu lado. David Luiz também cheio de vontade, mas devia ter sido expulso (e não sei se não será penalizado pela UEFA - pelo menos pareceu-me nítida a cotovelada que deu num adversário). Petit muito disparatado no passe, acompanhado nessa tarefa pelo Katsouranis, Nuno Assis inconsequente. Estava a gostar do Bergessio, mas o Nandinho não pensou assim. O Cardozo esteve assim-assim: podia ter feito melhor naquele cabeceamento a passe do Adu, e num outro na primeira parte em que a bola saiu ao lado. O Adu pareceu-me demasiado nervoso, e pouco ou nada fez. Alguém devia dizer ao Coentrão que entre cair ou prosseguir com a bola, especialmente após já ter ultrapassado o adversário, é preferível a segunda hipótese. Ah, e o Luís Filipe é muuuuito melhor que o Nélson, e a equipa ganha imenso com a sua presença no onze em detrimento do culpado por tudo o que de mal acontecia na nossa defesa, não é? Eu também acho que sim. Esta noite não se lhe viram fífias nenhumas, e foi um obstáculo intransponível para qualquer dinamarquês que lhe apareceu à frente. Agora, seria útil que lhe explicassem que lá por ser defesa lateral, isso não significa que lhe seja proibido ultrapassar a linha do meio-campo. Mas também, com os excelentes e numerosos flanqueadores que normalmente temos em campo, não faz falta nenhuma termos um lateral que desequilibre por aquele lado, pois não? O que interessa é que o Nélson está fora do onze, e com sorte ainda o despachamos até ao final do mês, que não faz cá falta nenhuma. Hurra!

De qualquer forma, foi bom regressar a 'casa'. Rever os companheiros de bancada, e passar o jogo a mandar bocas disparatadas para aliviar o sofrimento e o nervosismo. Uma coisa é praguejar contra o Nandinho na televisão, outra é fazê-lo sabendo que ele está mesmo ali ao pé, a uns míseros duzentos ou trezentos metros de distância. Faz toda a diferença. E foi bonito ver toda aquela gente no estádio, apesar de termos sido brindados com tão fraco espectáculo. Agora pergunto-me se serei capaz de ver o jogo da segunda mão. É que estou mesmo a ver o sofrimento que pode vir a ser, sobretudo se entrarmos em campo apenas com o objectivo de segurar a magra vantagem que o Rui Costa nos deu.

Mas se calhar estou a ser demasiado duro. A verdade, verdadinha é que a culpa do mau jogo que fizemos foi mesmo da saída do Simão. Ah, e do Manuel Fernandes também.

*I have this terrible feeling of... déjà vu! Não resisti... acho que o meu estado de pavor começa a aproximar-se do do Michael Palin.
 
por D'Arcy - 01:01 | link | 33 comentário(s)
terça-feira, agosto 14, 2007
O Optimista
"Agora, sem o Simão e o Manuel Fernandes a atrapalhar, é que vão ver como se joga à bola!"





* Esta será, mais vírgula menos vírgula, a minha resposta-tipo para todas as provocações que me aguardam, e que virão basicamente de todos aqueles que nos invejam.


E a vossa?
 
por Superman Torras - 07:36 | link | 20 comentário(s)
segunda-feira, agosto 13, 2007
De como isto não promete nada de bom.
Um Benfica em que se contrata jogadores e se vendem outros sem que o treinador seja tido ou achado. Em que se diz num dia "Simão não sai por menos de 25 milhões" e 3 dias depois se vende por 20.
Um Benfica que percebe a valorização e utilidade desportiva de Manuel Fernandes, e não avança logo para a compra da totalidade do passe, requalificando a clausula de rescisão (como fez o FCP com o Lucho), nem que seja para garantir um futuro negócio realmente lucrativo.
Um Benfica que contrata um jogador da 2ª divisão sérvia, para depois o mandar pela porta dos fundos, sem que alguém se justifique.
Um Benfica que compra jogadores para emprestar a terceiros, sem explicações a ninguém, levantando as questões sensíveis: quem tratou dos negócios, quem ficou com as comissões, qual a politica desportiva inerente a estas operações.
Um Benfica que vai buscar um defesa que foi encostado sistematicamente por este mesmo treinador há uns anos noutro clube...
Um Benfica que perdeu o director desportivo (de quem eu nem sou adepto, mas era alguém que estava sempre com a equipa e percebia minimamente do mundo futebol), onde o presidente diz que assume ele o cargo e depois vai de férias e volta na véspera do jogo da Champions, que pode definir toda a época... (diz-se que foi de férias com Camacho para Ibiza...será???)
Um Benfica onde a equipa está sem liderança, o treinador está a ser deixado à sua sorte, a politica de aquisições cheira a La Redoute e o presidente proclama que este ano vai haver disciplina porque ele é que manda (e ninguém pergunta...mas não manda já há uma porrada de anos???)...

Já sei que me vai cair tudo em cima, mas um benfiquista não tem de ser cego e assobiar para o lado quando assiste a tudo isto.
A época não promete nada de bom. A menos que Adu, Cardozo, Bergessio e mesmo os jogadores que nem o treinador conhecia (Diaz, Butt, etc) tenham, afinal, categoria para disfarçar a balbúrdia que para ali vai...juntando-se a Luisão, Petit, Nuno Gomes, Leo, Moreira, Quim e sobretudo Rui Costa, que sabem o que é o Benfica...talvez a coisa se componha.
Mas eu, pela minha parte, digo já: não promete nada de bom. Das aquisições acho que só Fábio Coentrão parece prometedor, além de Cardozo, que me parece um bom jogador.

Mas para quem perdeu Simão e Miccoli, e vai perder Manuel Fernandes...é pouco.

(Claro que amanhã lá estarei e...até os comemos!)
 
por P - 18:47 | link | 42 comentário(s)
quinta-feira, agosto 09, 2007
Ninguém pára o Benfica
Há quem diga que eu sou a personificação do típico adepto benfiquista. Dizem-no nomeadamente os adeptos de clubes rivais que comigo privam e que desta forma tentam, de forma inglória e previamente condenada ao fracasso, minimizar-me a mim e subsequentemente ao meu clube de eleição. Desconhecem no entanto que encaro essa perspectiva, de encarnar todas as virtudes e, sobretudo, os defeitos que nos caracterizam, como um tremendo elogio e um motivo de orgulho sem par.

Serviu este ponto prévio para justificar o porquê de eu neste momento estar a atravessar uma fase particularmente complicada no que às minhas esperanças de que esta época se venha a revestir de êxito diz respeito. É verdade, não há como negar, como todo o benfiquista que se preze, passo do 8 ao 80 mais depressa do que demora a curar uma simples dor de cabeça, se esta for supervisionada pelo nosso departamento médico. Assim, e tendo em conta o que me tem sido possível observar nos jogos já decorridos, devo dizer que estou muito mais perto do oito do que do oitenta. E se às frouxas exibições até agora observadas juntarmos a constatação dura e complicada, ainda hoje, de encarar, que o treinador se continua a chamar Fernando Santos, então vemos que a saída de Simão Sabrosa acaba por ser apenas um pormenor, a cereja azeda no topo deste imenso bolo, estando portanto longe de ser a causa maior para tudo aquilo que de mau se prepara para nos acontecer. E tinha isto de acontecer logo agora, e logo a mim (!), que estava tão perto do oitenta quando vi o Benfica dar a volta ao resultado na Roménia e observava, com indisfarçável regozijo, que além de finalmente termos descoberto o matador há tantos anos ausente também contávamos com o factor diferenciador de termos mantido a "espinha dorsal" do nosso melhor 11, ao contrário do que havia sucedido com os nossos principais rivais...

O que se seguiu então que tenha provocado este meu actual estado de ânimo?

O empate dos romenos, na sequência de uma falha risível do guarda-redes que vinha (?) só por si garantir a conquista de uma série de pontos-extra no final do campeonato; a continuidade do futebol desgarrado, falho de entusiasmo e com lacunas várias ao nível da movimentação colectiva da equipa (vulgo "dinâmica de jogo"), tantas vezes observadas na época passada; a abertura de uma pequena brecha na janela directiva que permitiu verificar a existência de uma espécie de paz podre que parece imperar na relação dos principais dirigentes com o treinador principal, que vem dar razão aos que, como eu, defendiam a sua substituição no final da época precedente pois a sua continuidade apenas iria adiar o inadiável, caso o inicio de campeonato (que ainda nem sequer aconteceu!) viesse de braço dado com alguns resultados menos positivos; a triste crueza dos números que fazem questão de demonstrar que as lesões musculares continuam a surgir com frequência inusitada, o que vem colocar em xeque o trabalho desenvolvido pelo responsável pela preparação física do conjunto; a saída do desequilibrador-mor do Benfica das últimas largas temporadas, a que se seguiu a contratação de vários jovens que, podendo ter um futuro risonho, vêm carregar com o pesado fardo de terem de produzir no presente aquilo que em condições ideais só lhes deveria ser exigido no futuro.

Tendo em conta o exposto permito-me duvidar, e bastante, que neste momento o actual plantel não esteja blindado e as saídas de elementos fundamentais (onde Manuel Fernandes, por exemplo, se inclui) completamente postas de parte. Até porque, da maneira que eu vejo as coisas, esse seria (mais) um tiro num pé já de si debilitado e que, em última análise, poderia provocar uma infecção generalizada e a gangrena que levaria à amputação do mesmo.

Abstrair-me-ei de vos fazer notar que a passagem para o oitenta será "facilmente" efectuada, assim alguns destes pressupostos se venham a verificar:

  • Cardozo e Nuno Gomes recuperam a tempo da pré-eliminatória da Liga dos Campeões e ajudam o clube a alcançar a fase de grupos da competição;
  • Freddy Adu e Di Maria vêm-se a revelar óptimos reforços e, além de fazerem esquecer Simão e Miccoli, tornam-se duas referências do clube deitando por terra os cenários que previam um tempo de maturação e de adaptação ao futebol europeu que desta forma ficam longe de se confirmar;
  • Após uma carreira em que os sucessos foram escassos, nomeadamente quando ao comando de equipas com aspirações elevadas, Fernando Santos aproveita a época 2007/08 para relançar a sua carreira e acaba por se tornar o treinador ideal para levar o Benfica à conquista do títulos nacional e a (voltar a) brilhar no panorama europeu. Tudo começou com um início de época verdadeiramente fabuloso e de todo em todo surpreendente pois às derrotas e exibições tristonhas da pré-época seguiram-se o estatuto de equipa-sensação da 1ª fase da Liga dos Campeões e um percurso quase 100% vitorioso na 1ª volta do campeonato nacional.


Off-topic:

Aguardo ansiosamente a chegada do dia em que, à pergunta sobre o potencial de um qualquer reforço de um dos grandes, o interlocutor responda com sinceridade: "Acho que é um jogador mediano. Basicamente penso que não trará nenhuma mais-valia e, francamente, a julgar pelas suas prestações nas últimas temporadas, não vai vingar neste clube."

Até isso suceder, contentar-me-ei com os chavões habitualmente empregues neste tipo de situações: "É um óptimo jogador!", "A equipa acertou em cheio com esta contratação!", "Com toda a certeza vai ser um dos melhores jogadores do campeonato!", "Tem boa técnica!", "Óptima impulsão!", "É um excelente finalizador!", "Defende bem!", "Distribui muito bem o jogo!", "Tem uma óptima técnica de recepção e passe!", "Chuta esplendorosamente!".

Para ser dado o passo decisivo que fará com que finalmente se atinja o ridículo completo neste tipo de entrevistas, falta apenas a que um destes ex-técnicos, familiares ou empresários que sempre são ouvidos aquando destas transferências a fim de validarem as mesmas, termine a descrição das qualidades do jogador com um comovido: "E além do mais é amigo do seu amigo!"...
 
por Superman Torras - 18:50 | link | 13 comentário(s)