É esta a dúvida que me tem afligido há largas semanas. Não percebem? É confuso? Eu explico.
Depois da desilusão de que se revestiu a época 2006/07, que se seguiu, recordemos, à desilusão 2005/2006, eu estava (estava? Estou! Ou por outra, vou estando…) convencido de que os erros cometidos ao nível da gestão desportiva do clube não iam voltar a ser cometidos e que, mais do que nunca, a aposta no futebol iria ao encontro dos meus, nossos, desejos.
Isto, porque tenho o presidente do Benfica em boa conta. Mais do que inteligente, considero-o um homem esperto e, portanto, tendo em conta que ao nível financeiro os sintomas continuam a ser positivos, pelo menos aos olhos de um leigo na matéria como eu, tudo indiciava que iríamos ter um Verão gordo, no sentido em que se iriam contratar poucos mas bons jogadores, e o nível qualitativo do plantel iria ser consideravelmente melhorado. Porque, a não ser que o meu julgamento se revele desgraçadamente errado ou que haja problemas financeiros que nos estejam a ser sonegados, Luís Filipe Vieira tem obrigação de saber que este poderá muito bem ser o ano que decidirá a maneira como a sua Direcção irá ser recordada no futuro.
Claro que, na minha opinião, as coisas começaram logo a correr menos bem quando se decidiu manter o mesmo treinador da época passada, mas não será nesse sentido que irei desenvolver o meu pensamento. Será Fernando Santos o treinador designado para voltar a fazer o Benfica campeão? Assim seja. Pelo menos já teve o seu tempo de tirocínio e agora é chegado o tempo de mostrar que tem unhas para tocar esta guitarra. E é na qualidade da guitarra que neste momento residem os meus pensamentos e se centram as minhas preocupações.
Aqui chegados, é altura de informar os motivos pelos quais estou convencido de que estas semanas que distam entre o dia de hoje e o começo da nova época irão ser recheadas de notícias favoráveis às nossas pretensões de ter um plantel condizente com a grandeza do nosso clube na época 2007/08. Não tenho qualquer fonte dentro do Benfica, nem sequer conheço nenhum parente ou empregada doméstica de um qualquer dirigente da SAD que me tenha passado informações confidenciais acerca das movimentações de mercado que estão inevitavelmente a ser efectuados nesta altura, mas quando, depois de diversas notícias que davam conta da iminência do regresso de José Veiga ao Benfica, Luís Filipe Vieira veio a público assumir a condução de toda a politica desportiva do clube, entendi-o como o prenúncio de que, e passo a citar o Artur Jorge: “Iam acontecer coisas boas”. Isto porque estou convencido de que LFV não iria colocar a cabeça no cepo se não soubesse que estava em condições de dotar a equipa de meios que nunca antes tinha sido possível garantir, desde que assumiu a Presidência do clube.
E quando isso se confirmar poderei, finalmente, passar a dormir sem a ajuda de calmantes, porque a chalaça que alguns amigos (da onça) fizeram quando lhes falei no tal “Verão gordo”, transformando a afirmação numa interrogação e colocando maldosamente uma virgula depois da primeira daquelas palavras, não passou de um acto ignóbil e que lhes deveria valer a todos a proibição de festejar os títulos que, inevitavelmente, alcançaremos na época que aí vem. Duvidais, gente de pouca fé?