Ir à bola para ver os ‘putos’.
Boas análises ao jogo de ontem podem ser lidas
aqui e
aqui, nesta "Tertúlia" gostaria de partilhar, essencialmente, o prazer que foi ver um jogo de juniores, um
derby, um Benfica-Sporting, no Estádio da Luz, com quase 15 mil pessoas a assistir.
Foi aquela renovada sensação de que é possível, por momentos, voltar aos tempos de um futebol que ainda não estava subjugado à hipoteca dos clubes aos horários televisivos de agora. Pelas quinze horas, no sintético adjacente à zona comercial do Estádio, começou o jogo entre o
Benfica e o Sporting em Infantis A, futebol de onze. Quem ganhasse o jogo seria campeão distrital. Os nossos miúdos fizeram a festa de mais um título. Destaque para um miúdo, alto e de cabelo longo, que joga no nosso meio campo e que, efectivamente, pensa o jogo obrigando toda a equipa a jogar (não posso garantir, mas penso que este miúdo se chama
Valdomiro Lameira Gui).
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Depois, foi o
jogo dos juniores, às dezassete horas. Parece
a feijões, mas não é: é um jogo feito de rivalidades. Numa tarde soalheira, com muitas famílias e juventude nas bancadas, viu-se muita irreverência, muito querer, algum talento, alguma garotice e muitos sonhos no relvado.
De entre os nossos rapazes, destaco o defesa esquerdo, Ruben Lima, cheio de garra, pulmão e sentido posicional; gostei de ver o Yu Dabao: o rapaz parece saber bem que terrenos pisa e como os pisar. Aliás, ao contrário do que diz a imprensa, fiquei com a convicção de que o nosso golo foi marcado pelo Dabao e não pelo Sami…
Pelos deles, destaco o Rui Patrício, o guarda-redes, não tenho dúvidas de que terá um bom futuro como profissional; e o número 11 (não sei o nome do rapaz), rápido, com técnica fora do comum e sempre com sentido de baliza.
Única nota menos boa: as birras de um fedelho às riscas verdes que jogou com o número 7 e que deu uma cabal demonstração do que é um puto mal formado.