Dois pontos prévios.
Não me considero particularmente inteligente.
Não sou especialmente versado no que à temática-Bolsa de Valores diz respeito.
Já ando, no entanto, por aqui há algum tempo e, se mesmo o maior calhau com olhos (e aqui não estou a falar de mim OBVIAMENTE! Até fico um pouco sentido de alguns o terem pensado enquanto o liam…) vai aprendendo algumas coisas, eu não sou excepção.
Ser-me-ia, portanto, de muito difícil compreensão se o actual defeso, que felizmente ainda só vai a meio, não confirmasse uma mudança de atitude perante o mercado por parte dos dirigentes do Benfica, mudança essa que, mais do que necessária, era indispensável para levar o clube para o patamar seguinte. Não será uma transição fácil e haverá, como sempre, muitos que não a entenderão e que irão procurar encontrar eventuais pés de barro neste gigante que se encontrava adormecido e que se continua a erguer, de tal forma que, mais uma vez, Portugal será pequeno para o albergar.
Não é esse o meu caso pois, como já devem ter percebido, coloco uma grande dose de fé na gestão de Luís Filipe Vieira e - embora reconheça que as suas opções não são isentas de motivos de critica e não queira, por nada, confundi-lo com o Benfica, pois aqui neste clube, mais do que em qualquer outro, os homens não podem ter a pretensão de se substituírem ao clube na importância que ele tem - aposto as minhas fichas todas em como neste momento ele continua a ser o homem certo no cargo certo. Mas é sobretudo devido a esta noção de que o Benfica, como marca, como é hábito dizer nos dias que correm, está ainda tremendamente sub-aproveitado que encarei com um sorriso de orelha a orelha a OPA lançada recentemente e que tanta tinta tem feito correr.
Não me vou alongar sobre esta operação porque, como já disse, não sendo especialmente inteligente e tendo começado a olhar para a bolsa com mais interesse apenas há meia dúzia de semanas, ainda não consegui compreender todas as suas cambiantes e atingir todos os seus ses e porquês, pelo que a única coisa que posso adiantar é que penso muito sinceramente que esta OPA foi a melhor coisa que aconteceu ao Benfica desde que constituiu a SAD. Chamem-lhe um feeling, se quiserem…
Um último parágrafo dedicado a um dos mal-amados do Benfica e que na minha pessoa não encontra excepção que mereça particular realce: José Veiga. Com a concretização do negócio-Cardozo e os previsíveis reforços (estive quase, quase para escrevê-lo em letras maiúsculas)… aliás, nem é tarde nem é cedo, e os previsíveis REFORÇOS que se seguem, não será da mais elementar justiça admitirmos que algumas das criticas que lhe fizemos em épocas anteriores se deviam basicamente à inexistência do vil-metal?