Ontem, o Benfica não ganhou. Sempre que as coisas correm mal, vou ver o programa da SIC, o "Dia Seguinte". Ontem não esteve lá o representante do adepto benfiquista, Fernando Seara. Não vi o dito programa desde o início, não sei o que levou a tal ausência. Na ausência do Fernando Seara, os outros dois atiraram-se ao Benfica, obviamente. Aquilo foi fartar vilanagem. O penálti sobre o Simão foi acentuado. O golo mal anulado ao Nuno Gomes, com quarenta segundos de jogo, foi ignorado. Obviamente. Nos primeiros dez minutos de jogo, um tal de Luís Salgado (fiscal de linha ou bandeirinha, em suma um individuo que ganha a vida de calções a levantar um pau e a roubar o Benfica) anulou um golo, anulou uma jogada de golo iminente e anulou uma jogada de ataque perigosíssima. Estamos conversados. Claro que, sobre este assunto, ontem ninguém conversou. Não convinha.
O sr. Aguiar lá voltou a falar do pretenso fora-de-jogo que deu a cabeçada para o empate do Benfica quando, na passada jornada, recebemos os do FCPorto. Lá se queixou da arbitragem desse jogo (como se o fedelho do gel, o tal de Proença algum dia nos beneficiasse). Lá fez o exercício de ‘autofelação’ quando, pela enésima vez, louvou o seu próprio desempenho enquanto antigo dirigente da Liga. Queixou-se da pressão que os outros exercem sobre a arbitragem, pressionando, ele próprio, a arbitragem.
Numa coisa ele tem razão, a opinião publicada é, cada vez mais, uma arma de arremesso dos clubes. Veja-se, a propósito, o que surge na capa do pasquim do Oliveira no dia de hoje. Ao penálti sobre o Simão, chamam fantasma, ao golo anulado aos quarenta segundos chamam… nada.
Mas que mais se poderia esperar de um pasquim que titula na primeira página a pérola "Nani é um perigo quando põe a língua de lado" e escrevem pérolas de jornalismo como esta?:
O jovem camisola 18 destaca-se pela forma habilidosa como trata a bola e, sempre que a tem em seu poder, exibe uma marca de concentração, torcendo a língua para o lado direito da boca. (link)